Quatro deputados do PSL assinaram ao mesmo tempo os pedidos para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fosse líder da bancada do partido na Câmara e também puseram os próprios nomes na solicitação para que o líder Delegado Waldir (PSL-GO) permanecesse no cargo.
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Nomes
Os nomes que aparecem em todos os três documentos da "guerra de listas" do PSL são os dos deputados Daniel Silveira (RJ), Luiz Lima (RJ), Coronel Chrisóstomo (RO) e Professor Joziel (RJ). Segundo Silveira, a assinatura em todas as listas foi uma estratégia. Ele, que faz parte do grupo de parlamentares que apoiam o presidente Jair Bolsonaro, disse que a ideia foi deixar o outro grupo "relaxado" de que já tinham maioria e parasse de coletar mais adesões. Silveira afirma ainda que novas listas devem ser protocoladas pelo grupo que quer Eduardo Bolsonaro como líder.
No entanto, nesta quinta-feira, a Casa já bateu o martelo sobre os documentos registrados na quarta-feira, e manteve Delegado Waldir na liderança. A tática feita pelo grupo "bolsonarista" nesta quarta-feira de inscrever duas relações com requerimentos de destituição de Delegado Waldir e a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a função falhou.
Ao conferir as assinaturas no documento, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora invalidou um nome na primeira tentativa e três na outra. Com isso, o papel apresentado pelo grupo ligado ao presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), teve um maior número de nomes e prevaleceu, com o pedido de manutenção de Delegado Waldir. A Secretaria-Geral da Mesa formalizou nesta tarde a decisão de mantê-lo na função.