A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o desastre em Brumadinho (MG) se reúne nesta terça-feira (29) para apresentação e discussão do parecer do relator, deputado Rogério Correia (PT-MG). O texto vai pedir o indiciamento da Vale do Rio Doce e da empresa alemã Tüv Süd por crime socioambiental e corrupção empresarial.
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"Eles agiram em conluio e esconderam dados do governo", disse Correia. "Além de crime ambiental, vão ser indiciados diretores, inclusive por homicídio doloso", afirmou. O relatório pede o indiciamento por homicídio doloso e lesão corporal dolosa de 22 diretores da Vale, engenheiros e terceirizados, entre eles o ex-presidente da mineradora, Fabio Schvartsman.
Rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG)
Segundo o relator Correia, na terça, na comissão ele também fará a denuncia de outras 20 barragens que estão com risco de rompimento, todas em Minas Gerais.
Na última segunda-feira, 21, o relator e o presidente do colegiado, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), estiveram em Berlim (Alemanha) para entregar documentos e dados técnicos a autoridades alemãs para auxiliar na apuração e punição dos responsáveis pelo rompimento da barragem.
Em setembro, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que apura o rompimento da barragem, pediu o indiciamento do presidente da Vale por homicídio com dolo eventual. Correia disse que reuniu em seu relatório o trabalho desta e de outras comissões que foram feitas para investigar o rompimento.
"Fizemos um trabalho muito conjunto, tivemos a colaboração. Tínhamos muitas peças", disse. Ele espera que o relatório seja aprovado nesta terça-feira, mas disse que já há outra data reservada para votação, no dia 5, caso seja feito algum pedido de vista. A reunião está prevista para as 14h30.