O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 3, que o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, em ação militar dos EUA, vai impactar no preço do combustível no Brasil. "Que vai impactar, vai", previu. Bolsonaro disse que a gasolina já está alta e, se seguir subindo, "complica". "Vamos ver nosso limite", declarou.
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O presidente disse que é preciso mostrar à população brasileira que ele não pode "tabelar (o preço de) nada". "Já fizemos essa política no passado, de tabelamento, não deu certo. A questão do combustível, nós temos de quebrar o monopólio", afirmou.
"Distribuição é o que ainda mais pesa no combustível, depois de ICMS que é imposto estadual. Não é meu. Vamos supor que aumente o combustível. Os governadores vão vibrar", disse.
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Em entrevista à Radio Jornal, o cientista político e internacionalista Thales Castro explica que o o preço do petróleo oscila muito porque tem um "termômetro de hipersensibilidade para assuntos internacionais". "O preço é 24h monitorado, então quando há ataque no Irã, que é o fundador da OPEC [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], o preço sobe.
"Quando aumenta [o preço], você tem mais recursos financeiros para traçar um cenário de mais segurança [em uma possível guerra] com o dinheiro na mão", explicou Thales.
Presidente ainda não se posicionou sobre morte do general iraniano
O presidente disse que se encontrará com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, para avaliar a ação militar dos EUA. E que só depois irá se posicionar sobre a morte do general iraniano.
Bolsonaro disse também que tentou telefonar mais cedo para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para tratar do impacto sobre o preço dos combustíveis, mas não foi atendido. "Quero ter informações dele", afirmou. As declarações de Bolsonaro foram feitas em frente ao Palácio da Alvorada.