O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta segunda-feira (27) que não há motivo para sair do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). "O próprio presidente disse que este assunto está encerrado, não há motivo para eu não ficar (no governo), estou fazendo o trabalho contra corrupção, contra o crime organizado e os dados são positivos", disse Moro em entrevista ao Programa Pânico, da rádio Jovem Pan.
A fala de Moro vem após o próprio Bolsonaro tentar apaziguar apoiadores do governo e o ambiente político em Brasília, que repercutiram a possibilidade aventada pelo presidente de desmembramento da pasta de Moro. A ideia era deixar a Justiça com o ex-juiz da Lava Jato e recriar o Ministério da Segurança Pública. Segundo Bolsonaro, Moro "tem feito um bom trabalho junto com os secretários de Estados" e que não há nenhum problema entre ele e o ministro.
Bolsonaro atribuiu a repercussão sobre um possível desmembramento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública à "maldade" de algumas pessoas, sem especificar de quem estava falando. Segundo o presidente, o "barulho" foi criado pela impossibilidade de uma resposta negativa ou positiva na hora à proposta de alguns secretários de Segurança estaduais de recriação da pasta da Segurança Pública.
"O presidente Bolsonaro deu uma declaração categórica de que a chance era zero, então trato esse assunto como encerrado. Pode ser que num futuro distante possa se cogitar isso, mas não acho que é uma ideia boa. Acho que os ministérios são mais fortes juntos do que separados", reforçou Sérgio Moro sobre a possibilidade de divisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Eleições 2022
Questionado sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2022, Sergio Moro voltou a afirmar que estará no palanque de Bolsonaro que deve tentar a reeleição. "Toda hora me perguntam isso, daqui a pouco vou ter que tatuar na testa. Em 2022 o presidente já apontou que vai à reeleição. E, claro, sou ministro do governo, vou apoiar Bolsonaro. É uma questão de lealdade, o presidente dá apoio às políticas da pasta e conseguimos manter o compromisso que eu e o presidente assumimos juntos", afirmou.