A informação de que o novo presidente da Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe) será o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), foi negada pelo governador Paulo Câmara (PSB). Nesta segunda-feira, o socialista reconheceu que já deveria ter indicado um nome para comandar a instituição, que está sem presidente desde a saída de Roldão Joaquim (PDT) em abril.
“Estamos discutindo [a indicação]. Eu atrasei na definição dessa questão, tenho que resolver este mês. Muitos nomes estão sendo estudados. A Arpe é um órgão técnico e regulador, então precisamos de pessoas experientes no aspecto técnico e político porque envolve também uma série relações com serviços públicos delegados”, declarou.
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O governador também negou que a preferência para comandar a Arpe seja de um nome do PDT, numa forma do partido continuar a manter o mesmo espaço na gestão socialista. Após a saída de Roldão, o nome ventilado para ficar à frente do órgão foi o do ex-secretário da Prefeitura do Recife, Wellington Batista (PDT), ligado ao prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT).
“A Arpe está com o governo do Estado. Somos nós que indicamos e vamos falar com parceiros queiram ajudar”, afirmou Paulo.
Para assumir a presidência da Arpe, Ettore Labanca terá que renunciar ao cargo de prefeito de São Lourenço da Mata. Se isso de fato ocorrer, quem assume o posto é o seu vice Gino Albanez (PSB).
A saída de Roldão Joaquim da presidência da Arpe não foi tranquila, pois o pedetista convocou uma entrevista coletiva para criticar o esvaziamento e sucateamento do órgão. Segundo ele, várias atribuições foram retiradas e houve pouco esforço do governo em investir na estrutura e qualificação.
O ex-presidente só confirmou o que o julgamento das contas, por parte do Tribunal de Contas (TCE), da Arpe apontava há anos. Segundo relatórios produzidos pelos auditores do TCE, os cargos vinham sendo ocupados por comissionados, não havia concurso público. Ettore foi procurado pelo JC, mas sem sucesso.