Em uma posição de "independência" diante do governo federal, o PSB deverá mudar de rota nos próximos dias e passará a fazer oposição de fato contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta terça-feira (22), integrantes das bancadas do partido no Senado e na Câmara Federal e os três governadores da legenda - Paulo Câmara, Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) - reuniram-se em Brasília para tratar do assunto.
"Há três tendências pelo que ouvi em nossa reunião de consulta. De não apoiar a CPMF, de aprovar o impeachment da presidente (no Congresso) e de passar para a oposição", destacou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
A decisão será tomada durante uma reunião da Executiva nacional do partido, agendada para a próxima semana, mas ainda sem dia definido. Em relação ao impeachment, o PSB vai apoiar o processo, mas não tomará qualquer iniciativa política inicial sobre o tema.
Leia Também
- Bicudo rebate Dilma e diz que impeachment 'não é golpismo'
- Impeachment não é remédio para governo que a gente não gosta, diz Ciro Gomes
- Para impedir impeachment, Dilma negocia ministérios com PMDB
- Para ex-presidente do STF, não há motivo para impeachment de Dilma Rousseff
- Questão sobre impeachment será lida na quinta-feira, diz Cunha
O presidente nacional do PSB destacou que, uma vez na oposição, o partido irá se diferenciar do PSBD e do DEM, legendas oposicionistas à presidente Dilma. "Nós temos uma agenda própria", falou.
Apesar de oficializar o viés oposicionista apenas na semana que vem, o PSB já vinha adotando um tom crítico contra o governo federal em seus comunicados oficiais.
Em entrevista à Rádio Jornal, em Brasília, Paulo Câmara falou sobre a nova postura do PSB, que passará a ser oposicionista. "O partido hoje tem uma posição de independência, uma posição importante, mas que no momento em que o Brasil está hoje onde se precisa se governar, o partido entende que precisa tomar uma nova posição", falou.