Sem definição

PSB em cima do muro sobre impeachment da presidente Dilma Rousseff

Decisão partidária será conhecida no próximo dia 17

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 10/12/2015 às 6:40
Humberto Pradera/Divulgação
Decisão partidária será conhecida no próximo dia 17 - FOTO: Humberto Pradera/Divulgação
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Autointitulado independente em relação ao governo Dilma Rousseff (PT) e sem se colocar na oposição formal à petista, o PSB ainda não definiu se será favorável ou contrário ao processo de impeachment da chefe de Estado. A reunião que iria deliberar sobre o tema, marcada para  ontem, foi adiada para o dia 17. O presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, afirmou que a postura indecisa não traz nenhum tipo de prejuízo aos socialistas. “Todo mundo entende que não tem urgência. O PMDB, por exemplo, é o partido mais interessado no assunto e não tomou uma decisão ainda”, argumentou.

O dirigente  nega que o adiamento da decisão tenha ocorrido devido a um clima acirrado entre os grupos pró e contra impeachment. “Há mais dúvidas do que divisão”, cravou. Ele ainda  declarou que o ambiente político conturbado exigiu mais prudência. “Fizemos uma avaliação e resolvemos esperar uma semana para ter um panorama mais claro”, afirmou.

No PSB, o governador Paulo Câmara (PSB) e os governadores Rodrigo Rollemberg (DF) e Ricardo Coutinho (PB) integram o grupo contrário à saída de Dilma Rousseff da presidência da República. Esta semana, os socialistas somaram-se a outros 13 gestores estaduais e assinaram um documento intitulado “Carta da Legalidade” contra o impeachment. O presidente nacional do PSB pontua que a iniciativa não representa o partido. “Foi uma atitude de caráter pessoal. É da natureza dos governadores, por sua relação com o governo federal, serem mais prudentes”, avaliou.

MILITÂNCIA - A direção nacional do PSB usou o site oficial para comunicar a decisão de adiar o veredicto sobre o impeachment e teve retorno de alguns internautas.  Cesar Murilo Soares escreveu que prefere o caminho das “urnas e legalidade”. Já Claudemir Mota afirmou que o partido deveria reafirmar posições históricas e se referiu ao impeachment como “golpe”. Francisco Morais se identificou como militante socialista e opinou contra o impeachment: “espero que o meu partido não seja favoravel ao inpedimento da presidente. O governo não merece defesa, mas a alternância deve ser feita em 2018”.

Houve, no entanto, quem solicitasse  alinhamento ao coro do impeachment. “Espero que seja a favor do povo e o povo quer o impeachment”, escreveu o internauta Leandro Nascimento. Por sua vez, Andre Luis Brandizzi pediu a saída de Dilma e solicitou que a legenda não “se vendesse”. Pedro Souza afirmou que o ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto de 2014, faz falta ao partido no atual momento político.

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