O superintendente da Polícia Federal (PF) em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, afirmou que a liberação dos detidos na Operação Turbulência pode atrapalhar o andamento das investigações. Até a noite dessa segunda (27), apenas o advogado de Apolo Santana Vieira, Ademar Rigueira, entrou com um pedido de habeas corpus para a prisão preventiva. Ele e outros três empresários - João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Arthur Lapa Rosal - foram detidos na última terça-feira (21), pela PF, e estão no Cotel.
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“Prejudica e não é pouco não. Mas a gente não sabe ainda quais são os fundamentos desse habeas corpus”, disse Marcello Cordeiro. “Isso é o mais urgente e que a gente tem que analisar as consequências do deferimento ou mesmo não o deferimento”, acrescentou.
O desembargador Ivan Lira de Carvalho, do Tribunal Regional Federal (TRF-5ª), responsável pela análise da liberação do suspeito, pediu informações à juíza federal Amanda Torres de Lucena Diniz Araújo, da 4º Vara, que autorizou a prisão, e ao Ministério Público Federal. A juíza tem um prazo até hoje para enviar as informações. Já o pedido ao MPF foi feito ontem.
No TRF-5ª, há outros dois habeas corpus impetrados por Apolo. Um data de 2012, pedindo o trancamento de uma investigação, e outro de 2013, questionando a quebra de sigilo bancário. Ambos foram negados.
Marcello Diniz Cordeiro também não descartou a realização de outras fases da Operação Turbulência. “Há uma possibilidade”, afirmou. “A Operação Turbulência, ela vai continuar. Não vai encerrar de uma hora para outra por causa disso ou daquilo. De qualquer forma, por causa do que ocorreu com a morte do foragido, a operação vai continuar como deveria ser feita, como foi planejada e como foi executava tranquilamente”, completou.
A PF já está com os oito pendrives e os três celulares encontrados com Morato. O material pode conter informações que colaborem com as investigações.