Repercussão

Deputado diz que morte de empresário envolvido na Turbulência se aproxima da possibilidade de homicídio

Edilson Silva vai acionar bancada do PSOL em Brasília para tentar federalização das investigações

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 01/07/2016 às 1:02
Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem
Edilson Silva vai acionar bancada do PSOL em Brasília para tentar federalização das investigações - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo / JC Imagem
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A oposição à gestão Paulo Câmara reforçou nessa quinta-feira (30) a tese de que é preciso federalizar as investigações sobre a morte do empresário Paulo César Morato. O depoimento mais contundente partiu do deputado estadual Edilson Silva (PSOL). “Acho que agora, na medida em que não foi confirmada morte natural, aproxima-se mais da possibilidade de homicídio”, disse.

De acordo com o parlamentar, a confirmação de que houve morte por envenenamento reforça a necessidade de federalização das  investigações. “Vou conversar com  a bancada federal do PSOL, com os deputados Ivan Valente e Chico Alencar, para sensibilizar o Rodrigo Janot (procurador-geral da República)”, falou.

Edilson quer ajuda da bancada para obter de Janot o aval para que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal fiquem à frente das investigações sobre a morte de Paulo César Morato. “Esse não é um caso apenas de Pernambuco. Temos interesse que se resolva porque tem a ver com a luta contra a corrupção”, defendeu.

No início desta semana, Edilson deu entrada em um ofício junto à Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando a federalização das investigações. De acordo com o Ministério Público Federal, o pedido foi enviado à PGR por malote e  deve chegar hoje a Brasília ou, no mais tardar, na segunda. As discussões sobre a federalização  só poderão ser definidas após análise da PGR.

Além de Edilson Silva, outros membros da oposição endossaram a federalização após a confirmação de morte por envenenamento. “O próprio governo estadual deveria chamar a Polícia Federal para uma investigação conjunta para não dar margens a ilações”, declarou a deputada estadual Priscila Krause (DEM). 

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) faz coro. “Espero que o pedido dele seja atendido, tendo em vista que Morato estava foragido da Operação Turbulência e era um investigado pela Polícia Federal”, declarou. 

Silvio Costa Filho (PRB) cobra mais transparência. “Tem que se dizer se ele se envenenou ou foi envenenado”, apontou. Ele, Edilson, Priscila e Teresa são pré-candidatos nas eleições de outubro e terão o PSB como rival nas urnas.

DEFESA - O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Áureo Cisneiros, disse que a federalização é desnecessária. “A Polícia Civil tem as qualidades técnicas para conduzir o caso. O que não pode é haver ingerência do governo estadual”, declarou, em uma crítica à gestão Paulo Câmara.

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