Horas após a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara Federal, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que a decisão veio tarde, pois o peemedebista trazia instabilidade para o país, e disse esperar que as coisas voltem a funcionar na Casa. Vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara disse que o partido tem bons quadros para disputar o cargo, mas defendeu que o mais importante é uma união para trazer estabilidade ao parlamento.
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"A gente espera que os congressistas, com o dicernimento que têm, possam avaliar a maneira ética tudo aquilo o que está sendo julgado. E, acima de tudo, que isso ocorra de maneira célere. Já está demorando muito para esse processo ser concluído", defendeu o governador nesta quinta-feira (7), após a abertura da Fenearte. "Nós estávamos querendo que já acontecesse há mais tempo. O país está parado, precisando de reação e de estabilidade. E o deputado Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos deputados estava trazendo instabilidade ao país", afirmou.
"O PSB tem bons quadros. Se for importante para o processo de união, com certeza nós vamos apresentar um nome", disse ainda. Para o governador, o deputado Julio Delgado (PSB-MG) é um nome capaz de agregar. "Mas o importante é se conversar com os partidos que tenham uma visão em favor do Brasil, que queiram retomar uma estabilidade do parlamento, para a Câmara dos Deputados voltar a funcionar em favor do Brasil. Então, podemos trabalhar com outros nomes, independente da sigla", emendou.
GERALDO - Primeiro Secretário do PSB, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, também afirmou que a renúncia de Cunha ajuda a clarear o ambiente na Câmara. "A gente vai discutir dentro do partido se o PSB vai ter candidatura própria ou vai fazer uma composição", explicou. O gestor adiantou, porém, que vai respeitar a posição da Direção Nacional e da bancada na Casa.