Operação Turbulência

Um mês depois da morte de Paulo Morato, inquérito não foi concluído

Secretaria de Defesa Social e Polícia Civil afirmam não ter novidades sobre o assunto

Edson Mota
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Edson Mota
Publicado em 21/07/2016 às 6:05
Foto: Edson Mota/ JC
Secretaria de Defesa Social e Polícia Civil afirmam não ter novidades sobre o assunto - FOTO: Foto: Edson Mota/ JC
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Decorrido um mês da deflagração da Operação Turbulência, é o silêncio que impera na investigação sobre o caso da morte do empresário Paulo Cézar de Barros Morato, investigado por participação no esquema e encontrado morto em um motel em Olinda um dia depois. Tanto a Secretaria de Defesa Social (SDS) quanto a Polícia Civil afirmaram não ter nenhuma novidade sobre o assunto. A Polícia Federal, através da assessoria, disse também não ter quaisquer novidades acerca do tema.

A delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo, sequer tem sido encontrada para comentar o caso. Isso após ter dito, há duas semanas, que teria a conclusão sobre o caso da morte do empresário. O que se sabe, até o momento, é que foi encontrado no corpo de Morato a substância popularmente conhecida como chumbinho.

A abordagem do caso feita pela SDS, por si só, foi cercado de erros de comunicação. No dia 27, a pasta admitiu que houve uma falha de comunicação durante a apuração das circustâncias que envolviam a morte de Morato. À época, os peritos papiloscopistas da Polícia Civil foram impedidos pela Polícia Científica de ter acesso ao corpo do empresário, o que gerou uma polêmica entre as duas polícias.

Três dias depois, mais um mal-entendido. A SDS convocou uma coletiva de imprensa com a diretora da Polícia Científica, Sandra Santos, para prestar esclarecimentos sobre o assunto. No entanto, foi informado que ela não falaria mais. Em vez disso, foi fornecida uma nota do governo confirmando a tese da morte do empresário relacionada à ingestão de veneno. À época, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, se encontrava de férias.

A intensa procura da imprensa por informações sobre o caso levou a delegada Gleide Ângelo a fazer um desabafo durante entrevista coletiva para explicar a segunda perícia realizada no motel. A delegada tinha pedido confiança no trabalho realizado. “Vocês me conhecem. Alguma vez deixei de esclarecer algum ponto para vocês? Não sei o que está acontecendo agora”, queixou.

Durante o desabafo, Gleide fez menção aos solucionamentos de casos passados, como o da alemã Jennifer Kloker (encontrada morta em São Lourenço da Mata, em 2010). “Nós duas (Gleide e a perita Vanja Coelho) somos as mais interessadas em elucidar tudo isso. Queremos apresentar todo o resultado, ainda mais quando existem tantas especulações sobre o caso. Iremos apresentar todas as provas”, garantiu a delegada.

No entanto, até agora, a única resposta dada foi o silêncio, o que deixa no ar o tom de inesperabilidade que paira sobre o caso.

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