Investigação

Corpo de Paulo César Morato, foragido da Operação Turbulência, é liberado pelo IML

Familiares do empresário, entretanto, ainda não foram até o órgão reclamar o corpo

JC Online
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Publicado em 01/07/2016 às 17:16
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Familiares do empresário, entretanto, ainda não foram até o órgão reclamar o corpo - FOTO: Foto: Reprodução/ PF
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O corpo do empresário Paulo César de Barros Morato, encontrado morto no Motel Tititi, em Olinda, no dia 22 de junho, já foi liberado pelo Instituto de Medicina Legal (IML), segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS). O órgão aguarda agora que familiares reclamem o corpo para que o sepultamento seja realizado. Morato é suspeito de integrar um esquema criminoso especializado em lavar dinheiro para abastecer campanhas políticas no Estado, entre elas as do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

Na última quinta-feira (30), após uma série de desencontros, a SDS confirmou que a causa da morte do empresário foi envenenamento por organofosforado, composto popularmente conhecido como chumbinho. A pasta afirmou, entretanto, que ainda não é possível precisar se Morato cometeu suicídio ou foi assassinado.

Após a liberação de um corpo, normalmente o IML aguarda até 15 dias para que os familiares do morto procurem o órgão para dar início aos procedimentos de velório e sepultamento, segundo a SDS. Após esse prazo, o instituto aciona a Justiça para que o enterro seja realizado pelo Estado. Na situação de Morato, contudo, a secretaria informou que esse prazo pode ser estendido, por se tratar de um caso de repercussão.

MORTE - O empresário Paulo Cesar de Barros Morato, que era foragido da Polícia Federal após a Operação Turbulência, foi encontrado morto no Motel Tititi, no bairro de Sapucaia, em Olinda, no dia 22 de junho. Ele é citado como proprietário de uma empresa fantasma de locação e terraplenagem chamada Câmara & Vasconcelos. 

O esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 600 milhões, do qual a PF suspeita que Paulo Morato fizesse parte, pode ter irrigado campanhas eleitorais do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

O socialista morreu em acidente aéreo durante a campanha presidência de 2014. O jatinho no qual viajava pode ter sido adquirido através do esquema de lavagem de dinheiro, também de acordo com o inquérito. Outros quatro empresários estão presos.

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