O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou, nesta terça-feira (9), por unanimidade, o pedido de habeas corpus do empresário Arthur Roberto Lapa Rosal, preso pela Operação Turbulência. Ele é suspeito de ter recebido R$ 100 mil de empresas pertencentes a Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, além de outros negócios realizados com a Câmara & Vasconcelos.
"Antes de se visualizar regularidades nas transações financeiras do ora paciente, mostram-se fortes os indícios de irregularidades a concluir, inclusive, com eventual prática de crime de lavagem ou ocultação de bens", afirmou o relator, desembargador federal convocado Ivan Lira de Carvalho. Arthur Rosal é acusado de participação em lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Nas redes sociais, Arthur Rosal ostentava bens como helicópteros, cavalos de raça e um ònibus equiado para as competições. Ele era vaqueiro amador e chegou a ser eleito o melhor da categoria do Brasil.
O TRF5 já havia negado os habeas corpus dos outros detidos na Operação Turbulência - os também empresários Apolo Vieira, Eduardo Freire Bezerra Leite, João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho.
Leia Também
- Eduardo Campos e FBC são citados como "clientes" em denúncia do MPF da Operação Turbulência
- Operação Turbulência: 20 pessoas são indiciadas em investigação que envolve Eduardo Campos
- Operação Turbulência: Tuta Rosal dá entrada em pedido de habeas corpus
- Operação Turbulência deve pautar eleição no Recife
- TRF-5 nega habeas corpus a dois empresários presos na Operação Turbulência
A Operação Turbulência investiga o desvio de recursos de obras públicas federais como a Transposição do Rio São Francisco e a Refinaria Abreu e Lima. Foram identificadas movimentações atípicas nas contas das empresas Geovane Pescados Eireli e Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda., no ano de 2014.
A Geovane Pescados Eireli esteve envolvida na aquisição da aeronave CESSNA CITATION, usada pelo ex-governador Eduardo campos na campanha eleitoral, a mesma que sofreu o acidente que o vitimou e a outras seis pessoas.
A Operação Turbulência investiga, ainda, movimentaçãoes financeiras de Paulo César Morato, encontrado morto no dia 22 de junho em um motel em Olinda.