No primeiro balanço da prestação de contas dos candidatos a prefeito do Recife, apenas o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) informou à Justiça Eleitoral já ter arrecadado recursos para sua campanha. O tucano recebeu R$ 1 milhão da Diração Nacional do PSL, partido que o apoia, através de duas transferências eletrônicas realizadas nos dias 18 e 19 de agosto. O vice de Daniel, Sérgio Bivar, é filho do presidente de honra do PSL, Luciano Bivar.
No Recife, nenhum outro candidato a prefeito afirmou ter recebido doações. Também não houve registro de nenhuma despesa, embora a campanha eleitoral já tenha se iniciado desde o último dia 16. Este ano, os candidatos a prefeito do Recife poderão gastar, no máximo, R$ 6,6 milhões em suas campanhas no primeiro turno.
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As novas regras para as eleições deste ano obrigam os candidatos a informarem à Justiça Eleitoral todos os recursos financeiros recebidos no prazo de até 72 horas após a doação ter sido registrada na conta bancária. O objetivo é trazer mais transparência para o processo eleitoral. Antes, os candidatos faziam apenas duas prestações de contas parciais e uma final. As informações podem ser consultadas no site do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
OUTRAS CIDADES
Em Petrolina, no Sertão, Edinaldo Lima (PMDB) levantou R$ 14 mil entre seus aliados. A maior parte desse recurso, R$ 12 mil, foi doada pelo filho do prefeito Júlio Lóssio (PMDB), padrinho político da candidatura.
Em Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal Anderson Ferreira (PR) doou R$ 1 mil do próprio bolso para financiar sua candidatura. Em Olinda, Luciana Santos (PCdoB) arrecadou R$ 750 de três apoiadores. Os demais candidatos a prefeito não registraram receitas ou despesas.
O JC também consultou as candidaturas majoritárias de Caruaru, no Agreste, mas não há registro de movimentação financeira.
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Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), empresas e pessoas jurídicas não poderão fazer doações para candidatos nas eleições deste ano. O objetivo é reduzir o valor das campanhas e coibir a corrupção resultante do financiamento de políticos por empreiteiras, como foi evidenciado na Operação Lava Jato.