Caixa de Pandora

Candidato a prefeito investigado em Jaboatão, Neco acusa Polícia Civil de agir politicamente

Segundo pedetista, a população de Jaboatão "sabe que ele não pratica esse tipo de coisa"

Edson Mota
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Publicado em 18/10/2016 às 19:41
Foto: Edson Mota/JC
Segundo pedetista, a população de Jaboatão "sabe que ele não pratica esse tipo de coisa" - FOTO: Foto: Edson Mota/JC
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O vereador e candidato à Prefeitura de Jaboatão, Neco (PDT), concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (18). O pedetista avaliou toda a repercussão da Operação Caixa de Pandora (que investiga irregularidades cometidas pelos vereadores da Câmara Municipal de Jaboatão) como um "desgaste positivo".

"O povo de Jaboatão entende que Neco não pratica esse tipo de coisa. Até porque minha casa é um aconchego de todas as famílias jaboatonenses", declarou o candidato. Como na sexta-feira (14), Neco acusou a operação de ter viés político. "Tem questão política por trás, pois estou em primeiro lugar e venho de família pobre", afirmou.

Sobre os R$ 177 mil encontrados em sua casa, o candidato estava com documentos em mãos que, segundo ele, comprovaria todo aquele montante no momento em que a Polícia Civil cumpriu o mandado de busca e apreensão.

Segundo um dos seus advogados, Plínio Nunes, cerca de R$ 50 mil foram resultados de um empréstimo bancário. Uma outra parte é resultante de aluguel de casas que o vereador possui  — e que não estão declaradas no site do TRE. A última parte seria da sua esposa. "Tudo isso é totalmente justificável. Não há nada de irregular. O que sabemos é a versão que a polícia tem apresentado aqui", afirmou.

Questionado sobre os motivos que o levaram a guardar todo esse dinheiro em casa, Neco considerou ser mais seguro. "Guardava tudo dentro do guarda-roupa. Já pensou se não tivesse dinheiro em casa, e os bancos continuassem em greve? Certamente teria dificuldade", defendeu.

ACUSAÇÃO DE NECO CONTRA A POLÍCIA CIVIL

Um dos advogados, identificado como Joaquim Barreto, aproveitou a ocasião para desferir pesadas acusações à Polícia Civil na condução da operação. "Eu acompanhei toda a operação e vi quando o senhor delegado pegou o cesto de lixo, o colocou na mesa e botou dinheiro dentro. Eu vi!", acusou.

A Polícia Civil, procurada, não respondeu as acusações da defesa do pedetista.

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