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Oposição defende investigação severa sobre Arena de Pernambuco

Na Alepe, apenas Edilson Silva tratou do episódio. À noite, bancada soltou nota

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 23/11/2016 às 6:54
Foto: Divulgação/Apele
Na Alepe, apenas Edilson Silva tratou do episódio. À noite, bancada soltou nota - FOTO: Foto: Divulgação/Apele
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A investigação que cita o governador Paulo Câmara, o prefeito Geraldo Julio, o senador Fernando Bezerra e o deputado federal Tadeu Alencar, todos do PSB, foi pouco repercutida na sessão da tarde dessa terça (22) na Assembleia Legislativa. Apenas o deputado estadual Edilson Silva (PSOL), o sexto a usar a tribuna da Casa, lembrou o episódio e fez críticas à gestão da Arena Pernambuco. Antes dele, falaram Teresa Leitão (PT), Augusto César (PTB), Álvaro Porto (PSD), Odacy Amorim (PT) e Priscila Krause (DEM), todos opositores ao PSB, que não abordaram o tema. As denúncias foram rebatidas pelo líder do governo, Waldemar Borges (PSB). Apenas à noite a bancada de oposição divulgou uma nota sobre o assunto, pedindo investigação.

Edilson lembrou que, no início do seu mandato, entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de uma notícia-crime na Polícia Federal solicitando apuração sobre as contas da Arena de Pernambuco. O parlamentar lembrou o ano de crise que o País atravessa e os gastos com o contrato e, em seguida, a quebra do acordo de manutenção do equipamento. “O nosso Estado, o nosso povo, não podia fazer o sacrifício que nós fizemos para fazer um elefante branco dessa forma e, que tudo indica, de forma fraudulenta e passando por cima de todos os estudos técnicos realizados que era inviável economicamente”, disse.

Com o líder da oposição Silvio Costa Filho (PRB) viajando, a assessoria da bancada divulgou uma nota sobre o assunto. O texto defende uma investigação “até as últimas instâncias” e que “preocupa o futuro do empreendimento”. “É preciso se fazer uma avaliação profunda sobre como sair dessa armadilha, para que os mais R$ 700 milhões de custo com a Arena Pernambuco – entre construção e indenização pelo rompimento do contrato com a Odebrecht – não onerem ainda mais o caixa do Estado nem penalize a sociedade pernambucana”, afirma a nota.

GOVERNO

Após rebater informações sobre educação, também abordadas por Edilson Silva na sua fala, Waldemar Borges tocou no assunto, afirmando que defende a investigação dos fatos. “O que se chama aqui de superfaturamento, já foi esclarecido. Parte dessa avaliação foi feita pelo Tribunal de Contas que tomou apenas um item de despesa, que foi a contratação da obra física, e comparou com o total de gastos que incluía outros itens. Isso já foi debatido. Vamos deixar que os órgãos responsáveis pela investigação investiguem até o fim”, afirmou o socialista.

Após a sessão, o líder do governo lembrou que a Assembleia Legislativa realizou audiência pública com a presença do vice-governador Raul Henry (PMDB), que ficou à frente das comissões de contratos de PPPs. “Nunca nos opusemos a debater nada. Do ponto de vista da discussão da Assembleia, não há muito mais o que acrescentar, embora isso não queira dizer que a discussão não possa ser feita a qualquer momento”, declarou.

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