O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) define nesta sexta-feira (16) à tarde a data da nova eleição de Ipojuca. O presidente do órgão, o desembargador Antônio Carlos Alves da Silva, foi notificado nessa quarta (14) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a decisão de realizar um novo pleito. O magistrado viaja hoje à Brasília para tratar de questões administrativas. A nova data será anunciada em uma entrevista coletiva, onde o TRE-PE detalhará o balanço de julgamentos realizados no período eleitoral deste ano.
A portaria nº 1078, do TSE, de 20 de outubro de 2016, determina as datas para eleições suplementares em 2017. As primeiras datas do ano são 15 de janeiro e 5 de fevereiro, esta última ultrapassa os 40 dias previstos para a convocação de novas eleições a partir da decisão do TSE.
Enquanto a Justiça Eleitoral fazia os ajustes necessários, ontem, as articulações políticas para a nova eleição já se desenhavam. Romero Sales (PTB), que teve a candidatura impugnada pelo TSE, deverá lançar a mulher, Célia Sales, também do PTB, para o cargo. Segundo aliados, ela sempre esteve ao lado de Sales nas campanhas e é uma liderança feminina na cidade. O ex-candidato participará ativamente da campanha da esposa. “A impressão que está na cidade é que o outro lado (do atual prefeito Carlos Santana, PSDB) tentou ganhar no tapetão”, disse um petebista.
O PTB não chegou a avaliar outro nome para o pleito, além do de Célia. A expectativa é que a coligação, que contava com PTB, PTN, PT, PSDC, PEN, PROS, PPS, PTdoB, PRTB, PR, PRP, PHS e DEM, seja ampliada. “Outros partidos podem ver a força que conseguimos na cidade e mudar de lado”, disse o mesmo aliado.
O atual prefeito, Carlos Santana (PSDB) informou, através da assessoria, que só irá se pronunciar após o término do processo judicial, ou seja, a definição da data da nova eleição. O presidente do PSDB-PE, Antônio Morais, informou que não conversou com o prefeito após o julgamento do TSE.
O candidato a vice de Santana, Pedro Serafim Neto (PDT), informou que estava viajando e também não conversou com o prefeito, mas que a tendência é o grupo político se manter o mesmo de outubro. A coligação reuniu PSDB, PP, PSB, PSL, PTC, PDT, PMDB, PMN e PSD. Serafim descartou quebrar a aliança. “Vamos marchar juntos. Não me passa pela cabeça (ser candidato). Só disputaria de ele (Santana) não for candidato. Se ele me aceitar na vice, sigo com ele”, afirmou.
Com a eleição sendo realizada no próximo ano, após o término do mandato de Carlos Santana, no final deste mês, o presidente da Câmara Municipal assumirá o cargo interinamente. Na Casa, o discurso oficial é de que a sucessão não foi discutida porque estava-se aguardando a decisão do TSE. O atual presidente, Olavo Aguiar (PMN), não deve concorrer novamente, já que ocupa a cadeira há quatro anos. Entre os nomes cotados, está o de Paulo Nascimento (PTC), que não demonstrou interesse na Prefeitura. “A Prefeitura está andando. É melhor deixar as coisas se ajustarem”, disse.