Foi colocada em votação na Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (17), o requerimento que cria a Frente Parlamentar da Cidadania LGBT. De autoria da vereadora Marília Arraes, a Frente atuará com discussões e debates sobre à causa LGBT no município. Após ser colocada em votação na segunda-feira (16), a pauta não obteve quórum mínimo e foi adiada para o dia seguinte, porém não obteve o número mínimo de vereadores, 20 para matérias simples, e será votada na quarta-feira (18).
"Nós temos várias Frentes (Parlamentares) nessa casa. Tem Frente da família, tem Frente dos evangélicos, tem frente sobre drogas, sobre comércio solidário. A Frente é um símbolo onde os parlamentares atuam em conjunto. Ela não gera, obrigatoriamente, uma política pública, nem gera um real de gasto. Eu esperava de todos os vereadores mais sensibilidade para uma pauta tão importante. Nós vivemos em uma cidade do Brasil que mais mata segmentos LGBT.", comentou o vereador Ivan Moraes (PSOL).
Votando contra a Frente, o vereador Renato Antunes (PSC) argumentou que seu voto não foi ideológico, mas sim de protesto." Nós temos mais de dez frentes parlamentares, eu pergunto: Qual delas funciona efetivamente ? Nenhuma funciona. A frente parlamentar sequer está no nosso regimento." Em sua opinião as Frentes Parlamentares reduzem a importância que as Comissões possuem. " As Frentes, no meu ponto de vista, nada mais são do que uma plataforma política que um vereador quer para seu mandato. Sou contra qualquer tipo de plataforma que seja individual. Se você quer discutir interesses coletivos, nós temos o ambiente propício que são as comissões."