Os movimentos em defesa da moradia de Pernambuco cobram um encontro com o governador Paulo Câmara para debater sobre as suas demandas. Eles vem se queixando da falta de diálogo e feito uma série de manifestações reivindicando moradias.
Um grupo formado por 16 organizações, como o Movimento de Trabalhadores Sem Teto de Pernambuco (MTST-PE) e a Organização e Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLMP) as reivindicações que serão apresentadas em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20) às 14h na sede do Sintepe, na rua General José Semeão, 39, Santo Amaro. Na ocasião, haverá o lançamento da Jornada de Lutas em Pernambuco em Favor da Moradia Digna, com a proposta de realizar protestos surpresa e ocupações. "A gente não vai parar de fazer protestos enquanto o gestor não se sentar com a gente e fizer ações concretas", disse o coordenador do MTST-PE.
As manifestações também são contra o orçamento do programa Minha Casa, Minha Vida, do Ministério das Cidades para 2018. De acordo com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não serão destinados recursos para a faixa 1 do programa, que é a faixa de renda mais baixa, com até R$ 1.800. "O governo Temer vem colocando um orçamento zero pra 2018. Não tem 1% pro Minha Casa, Minha Vida é preocupante".
Outra discussão na pauta é a adesão dos movimentos de moradia à campanha de revogação da Reforma Trabalhista, um movimento nacional articulado pelos movimentos sociais e sindicatos de todo o país. Também serão apresentados os números de pessoas em situação de falta de moradia. Conforme levantamento do MTST e da OLMP, quase mil famílias em Pernambuco estão sem moradia.