O vice-governador de Pernambuco e presidente estadual do MDB, Raul Henry, tem cinco dias úteis, contados a partir desta terça-feira (27), para apresentar a sua defesa no novo processo instaurado junto à Executiva Nacional para tirar das suas mãos o comando da legenda. Segundo o relator do pedido, João Henrique de Almeida Souza, vice-presidente do MDB do Piauí, na última segunda-feira (26), horas antes de entrar em uma reunião com o senador Romero Jucá, advogados e técnicos da sigla, ele encaminhou a notificação para Raul. A defesa do partido no Estado, que também recebeu ontem os documentos relativos à nova solicitação de dissolução, ainda está definindo a estratégia que será adotada pelo grupo, mas crê que, como no processo anterior, acionará a Justiça para contestar os argumentos apresentados para justificar a intervenção.
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Segundo Carlos Neves, advogado do MDB-PE, o novo pedido repete os fundamentos do anterior no que diz respeito ao desempenho eleitoral da agremiação sob o comando do atual diretório. “Ainda estamos analisando o material, mas pelo que vimos até agora, é uma repetição do processo que está suspenso pela Justiça estadual, não há nenhuma novidade. Mais uma vez vamos combater esses argumentos, mas ainda preciso definir com a equipe a estratégia que vamos adotar”, revelou Neves.
DESAFETO FEZ O PEDIDO
A nova pedra colocada no caminho do grupo do deputado federal Jarbas Vasconcelos no MDB pernambucano é de autoria do advogado criminalista Golbery Lopes, desafeto político de Raul Henry. Em entrevista ao JC na última semana, o advogado afirmou que decidiu pedir a destituição do presidente porque foi impedido por Raul de concorrer ao cargo de prefeito na cidade de Cupira, no Agreste do Estado. Na ocasião, o vice-governador disse que a candidatura de Golbery não se viabilizou.
Procurado ontem pela reportagem, Raul informou, através da sua assessoria de imprensa que não falará sobre o caso até que o setor jurídico do partido conclua a análise do material recebido.