Atualizada ás 15h37
O deputado federal Daniel Coelho (PPS) acusou o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), de oportunistas ao emitirem nota pública em defesa do ex-presidente Lula após sua prisão ter sido decretada.
"Paulo Câmara e Geraldo Julio do PSB. Ambos se elegeram para derrotar os candidatos do PT. Agora fazendo posts na defesa de Lula. Nunca pensei que o oportunismo deles pudesse ir tão longe", afirma Daniel em uma rede social.
Em nota divulgada na noite dessa quinta-feira (5), o governador afirmou que a liberdade de Lula não é uma ameaça à sociedade que justifique a prisão. "Hoje é um dia triste para o Brasil ver um líder popular da importância de Lula enfrentar este momento. A sua história de vida mostra que Lula é um sobrevivente, um lutador. O ex-presidente da República continua com o nosso respeito e a nossa solidariedade. Não se pode pensar que a manutenção da liberdade de Lula, neste momento, seja uma ameaça à sociedade que justifique a prisão", afirma Paulo Câmara no texto.
Também por meio de nota, Geraldo Julio (PSB) se solidarizou com Lula. "Vivenciamos hoje um dia triste para o Brasil, em que os brasileiros assistem ao processo de prisão contra o ex-presidente Lula, um dos mais emblemáticos e populares políticos do nosso País. Respeito o ex-presidente e me solidarizo por esse momento", escreveu o prefeito socialista.
O governador trabalha para conseguir o apoio do PT para sua candidatura à reeleição de olho no forte apelo eleitoral que Lula ainda tem em Pernambuco, principalmente no interior.
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"Articulações de Paulo"
Depois de ter perdido o comando do PPS-PE, partido ao qual se filiou recentemente, pela Justiça de Pernambuco, Daniel Coelho atribuiu a decisão a articulações de Paulo Câmara para desestabilizar seu novo partido. Com Daniel no comando da sigla, ela desembarca da Frente Popular e vai para a oposição ao governador. “É óbvio que isso é uma movimentação do governador Paulo Câmara, do PSB, em um momento de desespero por estarem em uma situação de dificuldade para reeleição. Um ato de coronelismo que não vai nos intimidar”, disparou Daniel.