Privatização

'Vender a Chesf é privatizar o Rio São Francisco', diz Paulo Câmara

Governador reafirmou postura contra a privatização da Eletrobras e principalmente da Chesf, o que está nos planos do governo de Jair Bolsonaro (PSL)

Editoria de Política
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Publicado em 02/01/2019 às 17:59
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Governador reafirmou postura contra a privatização da Eletrobras e principalmente da Chesf, o que está nos planos do governo de Jair Bolsonaro (PSL) - FOTO: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Após a cerimônia de posse do novo secretariado estadual nesta quarta-feira (2), o governador Paulo Câmara (PSB) reafirmou a sua postura contra a privatização da Eletrobras, que tem a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) como uma de suas subsidiárias. Essa questão também foi abordada pelo socialista em seu discurso de posse nesta terça-feira (1º). O novo ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque Júnior, porém, disse nesta quarta (2) que daria prosseguimento ao processo de capitalização do setor elétrico. 

Paulo afirmou que a privatização é uma é discussão que irá travar com o governo federal. "Há objeções ao processo de privatização da Eletrobras, principalmente em relação à Chesf. Vender a Chesf é privatizar o Rio São Francisco”, cravou. O governador ainda disse estar disposto ao diálogo, mas que “precisa ser ouvido” pelo governo federal. "No último processo de venda da Eletrobras ninguém foi ouvido", cravou o socialista. 

Na posse, o governador garantiu que apoiaria o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em decisões que tragam benefícios a Pernambuco e a região Nordeste, como a Transposição do Rio São Francisco, com as obras complementares da Adutora e Ramal do Agreste, e a Ferrovia Transnordestina. "Mas seremos contra, fundados em sólidos argumentos, a iniciativas que comprometam o futuro do Estado e da região, como a privatização da Chesf", afirmou Paulo na posse do seu segundo mandato. 

O novo secretário da Casa Civil, Nilton Mota, garantiu que a relação de Pernambuco com o governo federal será institucional e de "parceria". "A mesma relação se mantém. Nós vamos continuar com essas parcerias, como também buscar o que for importante para Pernambuco. No momento o que a classe política e a sociedade querem não são conversas políticas, e sim trabalho trazendo cada vez mais olhar para as pessoas que mais precisam", afirmou. 

De todos os presidentes que governaram o Brasil durante sua gestão em Pernambuco, Paulo Câmara fez oposição a todos eles, tanto Dilma Roussef (PT) - uma vez que o PSB rompeu com o PT devido ao lançamento da candidatura de Eduardo Campos, como Michel Temer (MDB). 

Secretariado

O governador Paulo Câmara (PSB) deu posse nesta quarta-feira (2) aos novos secretários estaduais do seu segundo mandato. Serão 22 secretários, dos quais quatro permanecem na mesma pasta de atuação do primeiro mandato. A diminuição das pastas obedece a diretrizes do projeto de lei da reforma administrativa do Poder Executivo, aprovado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco no último dia 26. 

Apenas quatro secretários foram mantidos suas respectivas pastas: Antônio de Pádua, na Secretaria de Defesa Social; Frederico Amâncio, na Secretaria de Educação; Pedro Eurico, na Secretaria de Justiça e Direitos Humanos; e Sílvia Cordeiro, na Secretaria da Mulher. Já nos órgãos de apoio ao governador, permanecem apenas dois chefes: Antônio Carlos Figueira, na Assessoria Especial; e Renato Thièbaut, no Gabinete de Projetos Estratégicos.

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