Forte nome do PP, o deputado federal reeleito Eduardo da Fonte, afirmou nesta segunda-feira (21) que a expectativa é de renovação na Câmara dos Deputados e que existe a possibilidade do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM), não se reeleger. "A democracia permite que a gente possa alternar os cargos. Há uma possibilidade muito grande do presidente não se eleger", disse.
Quando questionado sobre o porquê de buscar a renovação na Casa, Eduardo afirmou que Maia já está há mais de três anos no cargo e que é 'natural' a busca por novas propostas. "O atual presidente já está lá há três anos e meio e é natural que se busque uma alternativa nova para que possa reciclar, possa trazer novas propostas. Estamos vivendo um novo momento no País em sintonia com os anseios da Casa. Um trabalho com propostas que venham reciclar também o Legislativo", afirmou.
O PP lançou dois candidatos para concorrer à presidência da Câmara, os deputados Arthur Lira e Ricardo Barros. Segundo o ex-líder da bancada, não há a possibilidade de retirada de alguma das duas candidaturas, mesmo que a maioria dos votos da sigla estejam com Arthur. O objetivo do partido é que na chegada do 2º turno, diversas frentes façam oposição Rodrigo Maia.
"O partido (PP) tem dois pré-candidatos, o nosso líder Arthur Lira e Ricardo Barros. Onde estamos construindo uma frente grande, que hoje tem nove pré-candidatos, fora o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia. Então, há um movimento que está sendo liderado por Arthur Lira e por Fábio Ramalho (MDB), pra que esses candidatos e com JHC (PSB), se juntem no segundo turno com o apoio mutuo para quem chegar ao 2º turno", explicou afirmando que segue respeitando o atual presidente da Casa.
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JHC
Outro candidato à presidência da Câmara é o deputado federal reeleito João Henrique Caldas (PSB-AL). Em visita ao Recife na última sexta-feira (18), afirmou, sem citar nomes, que o atual presidente da Casa "se comporta de maneira inadequada para o posto que ocupa".
"O presidente não pode fazer garantias que ele não pode cumprir, que ainda vão ser discutidas, que ainda vão ser pautadas, textos que às vezes a gente nem sabe como vão chegar à Casa. Hoje, por exemplo, projetos do Executivo que sequer o próprio Executivo deu publicidade em que termos esses projetos serão apresentados à Câmara", disse JHC.
"O presidente não pode ser um ser absoluto. A Câmara não pode ser tratada como um feudo em que um único homem decide quais serão os rumos da Casa, os projetos que serão votados e inclusive se inclinando no mérito", acrescentou.
Na manhã desta segunda (21), parlamentaras socialistas confirmaram que a reunião da Executiva do PSB para decidir qual nome receberá o apoio da sigla ficará para o início da próxima semana, dias que antecedem a eleição para a Casa.