A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Pescaria I, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, na manhã desta quinta-feira (21). A ação conta com a participação de 48 policiais federais, além de servidores da CGU. Mandados de prisão estão também sendo cumpridos nas cidades de Agrestina, Garanhuns e Brejão.
A 'Pescaria I' visa cumprir três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela 24ª Vara da Justiça Federal, contra suspeitos de integrarem uma associação criminosa especializada na prática de fraudes em processos licitatórios no município de Agrestina, destinados à construção de unidades básicas de saúde, custeadas com recursos do Ministério da Saúde.
Modus operandi
A contratação ocorria por meio da realização de atos destinados à prévia escolha de determinada empresa “de fachada”, que pertencia a um dos integrantes do esquema, sem capacidade técnico-operacional, restando a execução das obras públicas a terceiro desqualificado, também integrante do esquema.
Leia Também
- Operação mira suspeitos de desviar R$18 mi da Prefeitura de Quipapá
- Nove presos em operação contra desvios de recursos em Quipapá
- Ministério do Turismo afirma que não é alvo da Operação Fantoche
- 'Desvio de dinheiro ocorria desde 2002', diz delegado sobre Operação Fantoche
- Operação da PF mira suspeitos de tráfico internacional de drogas
O grupo também está sendo investigado pela prática de atos de ocultação e dissimulação dos recursos envolvidos nas fraudes. As investigações que deram origem à 'Pescaria I' foram iniciadas em novembro de 2018 e os crimes sob apuração são os de fraude à licitação, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 46 anos de reclusão, além do pagamento de multas.