Eleições 2020

Jarbas sinaliza seguir com Frente Popular, mas diz que apoiaria Raul Henry no Recife

Senador Jarbas Vasconcelos conversou sobre MDB em entrevista à Rádio Jornal

Editoria de Política
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Publicado em 09/01/2020 às 8:17
MDB Nacional
Senador Jarbas Vasconcelos conversou sobre MDB em entrevista à Rádio Jornal - FOTO: MDB Nacional
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Existe divergência entre duas das principais lideranças do MDB de Pernambuco sobre a participação da sigla nas eleições municipais de 2020 no Recife. O senador Jarbas Vasconcelos afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Jornal, que, se o deputado federal Raul Henry não se candidatar a prefeito da capital pernambucana, pretende ficar na Frente Popular. Enquanto isso, o também senador Fernando Bezerra Coelho tenta "animar" Raul Henry a encabeçar uma chapa, para retirar o apoio aos socialistas.

"Raul não me disse hora nenhuma que era ou não candidato", ressaltou Jarbas em entrevista à Rádio Jornal, nesta quinta-feira (9). O senador, porém, disse ter o aliado como "um quadro altamente qualificado" que "tem qualidades reais de homem público e preenche todos os requisitos".

Mesmo com os elogios ao deputado, Jarbas sinalizou para a manutenção do apoio ao PSB. Questionado sobre a candidatura do socialista João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, respondeu: "Quem deve decidir isso é o partido, o PSB. O que o PSB decidir, evidentemente, a gente vai acompanhar, vai participar".

Silêncio no conflito familiar Campos e Arraes

Jarbas disse que não comentaria o conflito familiar entre os Campos e os Arraes, explorado em entrevista da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos. Ela criticou o neto, João Campos,  e disse querer ser candidata a governadora de Pernambuco pelo PSB. "Envolve questões familiares que ficam à margem do ambiente político", disse.

Fernando Bezerra Coelho

O senador também recordou que o MDB ocupa espaço no governo Paulo Câmara (PSB). No Governo de Pernambuco, o partido indicou o secretário de Desenvolvimento Urbano. "A gente faz parte hoje da Frente Popular inclusive dando contribuição para a gestão do governador Paulo Câmara, é um apoio político e administrativo", disse Jarbas Vasconcelos. "Uma relação respeitosa e sobretudo de muita colaboração. Fernando já tem seu espaço no partido".

Fernando Bezerra Coelho entrou no MDB em 2017, em uma articulação nacional para que a sigla deixasse a Frente Popular, que faria oposição ao governo de Michel Temer. Apesar da crise provocada pela negociação na cúpula do partido, que chegou à Justiça, Jarbas Vasconcelos disputou e foi eleito em 2018 ao lado de Paulo Câmara.

Na eleição do diretório estadual do MDB este ano, tanto o grupo de Raul Henry e Jarbas Vasconcelos quanto o de Fernando Bezerra Coelho tiveram espaço no comando estadual da legenda. Jarbas alegou que o partido agora está pacificado. "Como o partido é grande, sempre tem suas divergências e é normal", minimizou o racha.

Coelho, no entanto, permanece na oposição ao PSB e quer retirar o apoio do MDB à gestão socialista. Adversário histórico do ex-governador Miguel Arraes e do neto dele Eduardo Campos, Jarbas selou o acordo nas eleições de 2012 no Recife, quando o PSB tinha rompido com o PT.

Jarbas cita avanços com Bolsonaro 

Após a conclusão do primeiro ano de governo Jair Bolsonaro (sem partido), o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos (MDB) afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Jornal, que foram aprovadas pautas importantes. "Apesar de confusões, falas desencontradas e até desastrosas do presidente e dos filhos, o país teve avanços e eu citaria a reforma da Previdência", disse.

Para Jarbas, devem ser priorizadas as reformas administrativa e tributária agora.

O pernambucano disse que está se reunindo com um grupo de senadores "mais experientes", parte deles de ex-governadores, como o próprio Jarbas. O parlamentar citou Tasso Jereissati (CE), José Serra (SP) e Antonio Anastasia (MG), todos do PSDB. "São conversas que buscam fortalecer o papel do Senado e ajudar o executivo nas pautas que o Brasil precisa", explicou.

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