O superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Douglas Cintra, avaliou como positiva a nomeação de Rogério Marinho para o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional. A mudança, a quinta na equipe ministerial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi anunciada nesta quinta-feira (6).
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“Ele é nordestino, é do Rio Grande do Norte, conhece bem as dificuldades do Nordeste e, sobretudo, as potencialidades da região. Acho que ele tem todas as condições de fazer um bom trabalho à frente do ministério, não só por ter esse conhecimento, mas por ser uma pessoa de capacidade já comprovada, não apenas como deputado federal, mas no próprio governo Bolsonaro”, disse Cintra.
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Permanência de Douglas Cintra na Sudene
Nos últimos dias, cresceu a especulação de que o presidente Bolsonaro estaria pensando em demitir Douglas Cintra do a Sudene é órgão do governo federal que tem a função de planejar o crescimento regional. O superintendente da Sudene negou que tenha sido comunicado de algo.
“Eu não tive nenhuma informação sobre isso. O que eu soube hoje foi da mudança de ministro. Até agora, não fui comunicado de nada e estou aqui, normalmente, cumprindo minha função”, afirmou.
Cintra é ex-senador pelo PTB e assumiu a Sudene em dezembro de 2019, indicado ao cargo por cerca de 10 deputados de apoio a base governista e também pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB). Ele ocupou a cadeira do senado, quando Armando Monteiro Neto (PTB) se afastou do cargo para ser ministro de Dilma Rousseff (PT).
Mudança no Ministério do Desenvolvimento Regional
O presidente Bolsonaro exonerou nesta quinta-feira (6) Gustavo Canuto do cargo de ministro do Desenvolvimento Regional. Para o seu lugar, foi nomeado Rogério Marinho, que ocupava a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. As mudanças já constam em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Ex-deputado federal, Marinho é filiado ao PSDB e foi um dos principais articuladores do governo na aprovação da reforma da Previdência. Ele assume a pasta que comanda os programas de habitação popular, como Minha Casa, Minha e Vida, de infraestrutura urbana e de segurança hídrica do governo federal.
Gustavo Canuto é especialista em políticas públicas e gestão governamental, carreira vinculada ao Ministério da Economia, e formado em engenharia da computação. Ele não tem filiação partidária.
Ao chegar ao Palácio da Alvorada, na tarde desta quinta-feira, Bolsonaro disse que Canuto vai assumir a presidência da DataPrev, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência. Minutos depois, veio a confirmação oficial do porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros:
"O presidente da República decidiu, na data de hoje, nomear para a presidência da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev), Gustavo Canuto. A DataPrev é uma empresa pública que fornece soluções em tecnologia da informação e comunicação para o aprimoramento e execução de políticas sociais do Estado brasileiro. Ela tem como principal cliente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Gustavo Canuto é graduado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalhou por seis anos na IBM. É servidor efetivo do Ministério da Economia há mais de nove anos. Foi selecionado por ser um dos melhores quadros para equlizar tecnicamente os desafios enfrentados atualmente pelo INSS. Em consequência, o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou Rogério Marinho para o cargo de ministro de Estado do Desenvolvimento Regional", informou.
Quinta mudança ministerial
É a quinta mudança na equipe ministerial. Desde que assumiu o cargo, Jair Bolsonaro trocou os titulares do Ministério da Educação (Ricardo Velez por Abraham Weintraub), da Secretaria-Geral da Presidência (Gustavo Bebianno por Floriano Peixoto e, em seguida, por Jorge Oliveira) e Secretaria de Governo (Santos Cruz por Luiz Eduardo Ramos).