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Em Cuba, nos Jardins da Rainha

Mais preservado e exclusivo arquipélago do Caribe atrai adeptos do mergulho e da pesca desportiva

Mona Lisa Dourado
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Publicado em 27/09/2014 às 17:16
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Pelicanos caçam o almoço na beira da praia - Mona Lisa Dourado/JC
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Fragata faz malabarismo no ar - Mona Lisa Dourado/JC
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Pôr do sol tinge horizonte de tons alarajandos - Mona Lisa Dourado/JC
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A cada dia um show de luzes ao crepúsculo - Mona Lisa Dourado/JC
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Pelicano prepara o bote - Mona Lisa Dourado/JC
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Iguana é um dos habitamtes da praia de Boca de Piedra - Mona Lisa Dourado/JC
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Curiosas, iguanas vêm conferir movimento na praia - Mona Lisa Dourado/JC
Pelicano mira o alvo -
Gaivotas embelezam os manguezais -
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Manguezais sereve, de abrigo a gaivotas - Mona Lisa Dourado/JC
noel Lopez/Divulgação
Fragata se exibe em pleno voo - noel Lopez/Divulgação
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Iguana é um dos animais que justificam o apelido de Boca de Piedra de Galápagos do Caribe - Mona Lisa Dourado/JC
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Gaivotas se aninham entre os arbustos do manguezal - Mona Lisa Dourado/JC
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Crespúsculo indica fim de mais um dia espetacular nos Jardinesde La Reina - Mona Lisa Dourado/JC
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Passáros são constantes na paisagem - Mona Lisa Dourado/JC
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Garça majestosa no manguezal - Mona Lisa Dourado/JC
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Iguana em Boca de piedra - Mona Lisa Dourado/JC
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Jutía é outro dos habitantes de Boca de Piedra - Mona Lisa Dourado/JC
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Simpático roedor local, jutía interage com visitantes e adora goiaba - Mona Lisa Dourado/JC
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Caranguejo-ermitão é outro dos atrativos da fauna local - Mona Lisa Dourado/JC
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Jutía chama a atenção pela docilidade - Mona Lisa Dourado/JC
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Gaivota atenta ao movimento do entorno - Mona Lisa Dourado/JC

Na sua segunda viagem à costa sul de Cuba, Cristóvão Colombo se deparou com um imenso conjunto de ilhotas contornadas por labirintos de manguezais e extensas barreiras de coral imersas num mar azul translúcido habitado por uma infinidade de seres coloridos. Não teve dúvidas. O lugar era digno de uma rainha. Dedicou então o paraíso recém-descoberto à soberana da Espanha, Isabel de Castela, batizando-o de Jardines de la Reina.

O cenário visto pelo navegador genovês no fim do século 15 é praticamente o mesmo encontrado pelo visitante que chega hoje em dia à região mais preservada do Mar do Caribe. O arquipélago ocupa uma área de 2.170 km2, onde a natureza reina soberana.

Logo no primeiro passeio de reconhecimento, enquanto a lancha ziguezagueia entre os canais formados pelo mangue, a exuberância da vegetação faz jus aos “jardins” descritos por Colombo. Apenas um dos três ecossistemas que tornam esse destino especial. A transparência da água revela outro: o pasto marinho. Uma curiosa “plantação” aquática que, sob o sol intenso, chega a se confundir com o reflexo da superfície. Cheia de nutrientes absorvidos do fundo do mar, serve de alimento para alguns animais, como as tartarugas. Funciona também como esconderijo de peixes voluntariosos, como os permits e bonefishes, que fazem brilhar os olhos dos amantes da pesca desportiva.



Abaixo da linha d’água, a festa fica por conta dos arrecifes, o terceiro dos ecossistemas que se interligam para formar o berço da vida no arquipélago. A profusão de espécies que surgem a cada centímetro dos paredões frontais de até 600 metros é prova do equilíbrio do ambiente. Corais de diferentes formatos, gorgônias, algas, esponjas, estrelas-do-mar, tartarugas, raias, tubarões, peixes de grande porte e até crocodilos povoam o fundo do mar cubano. Diversão garantida para os mergulhadores, com o plus da água morna o ano inteiro.

De volta à superfície, aves aquáticas, como pelicanos, gaivotas e fragatas, completam o show na contraluz de um pôr do sol dourado.

Em algumas das 250 ilhas, a atração fica por conta de jutías (simpático roedor local) e iguanas, que já renderam a praias como Boca de Piedra o título de Galápagos do Caribe.

O isolamento é outra das características que Jardines de la Reina compartilha com o arquipélago do Pacífico. A única maneira de chegar à região é por mar e a marina mais próxima está a 60 km, no povoado de Júcaro. Por isso, só há duas opções de hospedagem: o hotel flutuante La Tortuga ou iates operados pela companhia italiana Avalon em parceria com o governo cubano. Em ambos, o serviço se baseia na tríade conforto, gastronomia de primeira e simpatia de sobra.

Para garantir a preservação do lugar, no máximo 40 visitantes circulam pelos Jardines por semana. Isso significa que a probabilidade de você encontrar outro barco enquanto navega por ali se aproxima de zero. É ou não pra se sentir a rainha do pedaço?

*A editora viajou a convite da companhia italiana Avalon

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