Delegado Erick Lessa. Foto: Acervo JC Imagem
Nesta sexta (5), último dia do prazo para realização das convenções partidárias, a tensão explode em Caruaru. A Justiça anulou a convenção da Rede Sustentabilidade que indicou Sandro Vila Nova para a vice do pré-candidato do PR, delegado Erick Lessa. Como consequência, a chapa de Lessa está anulada. Agora a corrida dele é contra o tempo, para resolver o imbróglio ainda neste último dia. Se não conseguir, o cenário eleitoral pode mudar bastante na Capital do Agreste.
Promessa de ser o fato novo das eleições 2016, Lessa é considerado o "Sérgio Moro de Caruaru", por seu papel na Operação Ponto Final - que afastou vários vereadores do município em um escândalo local. Ele teria o apoio do grupo do senador Armando Monteiro (PTB). Porém, como o PR estadual é comandado pelo secretário estadual Sebastião Oliveira, auxiliar do governador Paulo Câmara (PSB), uma articulação socialista desidratou o projeto do delegado. O que resultou numa primeira guinada do cenário: Armando decidiu apoiar a tucana Raquel Lyra, ex-PSB, no município.
O movimento foi visto como um afastamento da família Lyra - Raquel é filha do ex-governador João Lyra, também PSDB - do Palácio. E isso provocou uma nova reação local: o Palácio autorizou que Lessa seguisse em frente com seu projeto eleitoral. O que faria com que, na prática, o município tivesse três candidaturas ligadas à base do Palácio: a de Erick Lessa, a do socialista Jorge Gomes, vice-prefeito e indicado pelo prefeito José Queiroz (PDT) para a sua sucessão, e o ex-prefeito Tony Gel.
Agora, as próximas horas serão de tensão para fechar os principais nomes da corrida eleitoral de Caruaru.