Tempestade chamada STF

Gilmar Mendes: "reunião mostrou que o governo para ficar ruim tem que melhorar muito"

Weintraub chegou a chamar ministros do Supremo de "vagabundos" e disse que "deveriam estar presos". Desde então, além da reação jurídica, o STF promoveu uma pressão política que vai se tornando insuportável para o presidente.

Igor Maciel
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Igor Maciel
Publicado em 18/06/2020 às 11:40 | Atualizado em 18/06/2020 às 11:42
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O ministro do STF Gilmar Mendes - FOTO: Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro do STF, Gilmar Mendes comentou a iminente demissão do gestor da Educação no Governo Bolsonaro, Abraham Weintraub, durante entrevista à Rádio Jornal nesta quinta-feira (18).

Ele usou o vídeo da reunião do dia 22 de abril, divulgado após decisão do STF, para exemplificar o estado atual do governo: “o vídeo mostrou que o governo pra ficar ruim tem que melhorar muito”.

Na reunião, Weintraub chegou a chamar ministros do Supremo de “vagabundos" e disse que "deveriam estar presos”.

Desde então, além da reação jurídica, o STF promoveu uma pressão política que vai se tornando insuportável para o presidente.

O recado, mesmo informal, é de que enquanto Weintraub estiver ministro, Bolsonaro terá que lidar com uma tempestade vinda do outro lado da praça dos Três Poderes.

O ministro da Educação, de quem o presidente gosta muito, vai ter que cair ou será difícil de o próprio Bolsonaro se segurar.

Na mesma entrevista Gilmar Mendes afirmou que não há risco de golpe porque as instituições estão funcionando normalmente. É verdade.

Bolsonaro talvez esteja percebendo isso agora.

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