O anúncio que Tulio Gadelha (PDT) fará nesta quarta-feira (29), de que será candidato à prefeitura do Recife, tem o objetivo de atrapalhar as conversas sobre a aliança que já haviam começado entre o PSB e a executiva nacional pedetista.
No início da semana passada, João Campos (PSB) procurou Carlos Lupi (PDT) e começou a estruturar a parceria para a eleição, com pedetistas e socialistas no mesmo palanque, dando continuidade à aliança que já existe tanto na prefeitura do Recife como no governo do Estado.
Após o encontro, Lupi teria passado duas informações a Tulio: que o partido estava encaminhando bem a aproximação eleitoral com o PSB para apoiar João Campos e que não havia possibilidade de aliança com o PT de Marília Arraes, por causa do cenário nacional.
Tulio, então, decidiu colocar-se como candidato e anunciar seu nome publicamente para tentar atrasar as negociações entre PDT e PSB.
Já sabendo disso, a reação do PSB foi usar Caruaru, onde José Queiroz (PDT) deve disputar a prefeitura, para pressionar o partido localmente.
Por isso, o vereador Marcelo Gomes (PSB), presidente municipal do partido em Caruaru, teria ido conversar com outros pré-candidatos e começou logo por Tony Gel (MDB) que é adversário local de Queiroz.
A aliança entre PSB e PDT em Caruaru é essencial para Queiroz e o apoio aos socialistas no Recife sempre fez parte desse pacote. Por oito anos, Queiroz foi prefeito com Jorge Gomes (PSB) como vice.
Foi um primeiro recado do PSB. E enquanto a situação não for resolvida internamente no PDT, a reação do PSB pode ficar mais séria e ameaçar a aliança entre PSB e PDT no plano nacional.
Tulio conta com o apoio de Ciro Gomes para ser candidato o Recife.
Ciro, que está formando uma aliança nacional, vai comprar briga com o PSB?