Os indícios de que PT e PSB, nacionalmente, estão cada vez mais afastados é uma má notícia para Túlio Gadêlha (PDT).
Porque quanto maior for a distância entre PSB e PT, maior será também a força de atração entre o PSB e o PDT, nacionalmente.
Dizer que isso não seria repassado como efeito colateral natural para a aliança em Pernambuco e no Recife, é ingenuidade grande ou profundo despropósito direcionado. O movimento do PSB, de assustar o PDT em Caruaru, talvez nem seja tão necessário, bastando uma boa conversa com Ciro Gomes e Carlos Lupi sobre a "necessidade de formar uma aliança de esquerda", como a que já está se formando e também deve incluir PCdoB e Rede.
Como Ciro Gomes não quer conversa com o PT, por enquanto, tudo indica que o caminho será mais fácil por aqui.
É preciso reconhecer que o movimento de Túlio, se apresentando pra disputa municipal sem nem reunir a executiva antes, cercado de apoiadores, muitos filiados recentemente ao partido e precisando de garantias para disputar a eleição à Câmara de Vereadores, foi uma boa jogada para fortalecer esses pré-candidatos e ganhar mais influência na sigla.
Hoje, o PDT não tem nenhum vereador no Recife.
Se Túlio consegue eleger alguém, ganha força.
Mas, se realmente a ideia era disputar a eleição, e isso nunca saberemos com certeza, faltou estudar melhor o jogo.