Tudo pode ser feito em sessão virtual, menos CPI pra investigar o governo? Curioso
Antes, a desculpa era não atrapalhar o "trabalho durante a pandemia". Agora, a justificativa que começou a circular nos arredores do presidente do Senado é que não dá pra fazer CPI em sessão virtual.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), parece buscar uma forma de proteger o governo e, a todo momento, apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, oferecem alguma maneira diferente.
Primeiro, Pacheco não instalou a CPI porque dizia que "não era o momento" e que o foco deveria ser a pandemia. O STF obrigou ele a instalar.
Uma vergonha, aliás, ter que levar carão pra cumprir com sua obrigação.
Agora, Pacheco manda jogar para a opinião pública, tipicamente para testar as reações externas, a teoria de que é impossível fazer CPI sem a presença física dos senadores.
É mentira.
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Antes da pandemia, julgava-se impossível realizar as votações que foram realizadas nos últimos 13 meses. E elas foram realizadas. O Senado, aliás, foi o pioneiro, entre os poderes, no desenvolvimento de um sistema que permite aos parlamentares discursar e votar em matérias importantes, onde quer que estejam.
Hoje, só vai para Brasília quem quer.
Testemunhas podem ser ouvidas virtualmente, quando não tiverem disponibilidade para viajar. Se tiverem alguma dúvida, perguntem aos ministros do Supremo.
O STF, aliás, tem tomado decisões importantes que deveriam ser tomadas pelo Legislativo, sem que os magistrados precisem estar no plenário. Não é difícil, se houver alguma disposição.