Cena Política

Veja o que empresa aérea respondeu à CPI sobre a entrada de Bolsonaro em avião há um mês

Presidente apareceu em aeronave que estava pra decolar, tirou a máscara, provocou protestos dos passageiros, causou aglomeração e saiu. Senador pernambucano havia pedido explicações à empresa.

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Igor Maciel

Publicado em 13/07/2021 às 10:00
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A cena inusitada de Bolsonaro entrando num avião da Azul aconteceu em Vitória (ES), no dia 11 de junho. Na ocasião, sem que ninguém entendesse o motivo, o presidente da República resolveu entrar na aeronave para fazer foto com apoiadores.

Era um momento crítico da pandemia, com número elevado de mortes, diariamente.

O chefe do Executivo chegou a tirar a máscara, ouviu palavras de apoio e xingamentos, provocando os passageiros ao dizer que "quem xingava ele deveria viajar de jegue".

Ele também fez fotos com parte da tripulação.

No dia 15 de junho, o senador pernambucano Humberto Costa (PT) pediu, na CPI da Covid, que a empresa aérea desse explicações, já que várias regras sanitárias e de segurança foram quebradas.

A Azul respondeu à CPI em uma carta, pedindo que as respostas não fossem divulgadas, mas a revista Veja teve acesso e divulgou o material no último fim de semana. 

“Nota-se que o comandante da aeronave estava fazendo uso da máscara facial de forma adequada, uma vez que estava ciente de sua obrigatoriedade, contudo, diante da presença atípica e inesperada do presidente da República, deixou de conter o ímpeto de manter-se com a máscara no local adequado, no momento em que tirou uma foto”, tentou justificar a empresa, aos senadores. 

“A Azul informa que o comandante da aeronave do voo em comento foi quem concordou com a entrada inesperada do presidente da República, o qual adentrou a aeronave apenas acompanhado de seu segurança e lá permaneceu por aproximadamente 2 minutos. (…) O comandante da aeronave possui legitimidade e competência para tal autorização, responsabilizando-se pelos seus atos e decisões”, diz a empresa em outro trecho.

A carta garante, também, que a empresa aplicou a devida punição ao piloto e ao co-piloto.

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