Raquel Lyra, Anderson Ferreira e Miguel Coelho precisarão de "gordura" para enfrentar Lula. E vão acabar se atacando
Engana-se quem acredita que o clima será de paz e amor na oposição. Tendência é que não seja.
Quem conversa com os grupos de oposição em Pernambuco já percebeu que o clima está diferente do que havia em 2021, quando Miguel Coelho (UB), Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL) se reuniam e traçavam estratégias em conjunto.
Os palanques da oposição, três na conta atual, deverão protagonizar uma disputa por espaço e por bandeiras.
Raquel deve tentar reforçar o bolsonarismo nas campanhas de Miguel e Anderson, pra jogar a rejeição ao presidente para longe.
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Anderson tentará tirar o eleitor conservador da base de Raquel, para enfraquecê-la como oposição ao PSB.
Ambos devem bater em Miguel, porque o prefeito de Petrolina é uma preocupação e um empecilho. Nas pesquisas, até o momento, ele ocupa uma posição acima de Anderson e abaixo de Raquel.
Nos bastidores, gente da campanha de Raquel diz que ele é limitado ao Sertão e não conseguirá avançar para outras regiões do estado. Também dizem que ele não terá como se desvencilhar do bolsonarismo, depois que o pai foi um atuante líder do governo no Senado.
Faltando pouco mais de sete meses para a eleição, mesmo de forma precária porque a campanha não começou, os três lideram as pesquisas, com Danilo Cabral (PSB), ainda se firmando, na sequência.
Começar bem e ter uma "gordura" antes que Lula (PT) entre na equação é importante, é o que pode definir quem vai para o segundo turno e quem será periférico.
Engana-se quem acredita que o clima será de paz e amor na oposição. Tendência é que não seja.