A fila dos "saintes" na Frente Popular, com André de Paula, exalta Eduardo Campos e enfraquece projeto com Danilo Cabral
Os que deixam o grupo apresentam discurso parecido: citam Eduardo Campos a cada duas frases e dizem que entraram na Frente Popular atendendo a um chamado do ex-governador, morto em 2014.
A Frente Popular não está conseguindo se livrar da imagem de desagregação e esse é o maior prejuízo que André de Paula (PSD) provoca.
Senado é outra eleição, mas sejamos sinceros, o impacto de votação com a saída do deputado é mínimo, porque sozinho ele nem tinha votos para se reeleger na eleição proporcional.
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O problema é ele puxar a fila dos "saintes" e essa fila ser muito maior que a dos "entrantes".
Com ele está indo o PP que, aí sim, gera impacto de votos e, em seguida, o Avante. Isso, por enquanto.
A imagem de esvaziamento é terrível num momento tão inicial de campanha, passa a impressão de que ninguém acredita no projeto.
Outra coisa que chama atenção é que os saintes apresentam discurso parecido: citam Eduardo Campos a cada duas frases e dizem que entraram na Frente Popular atendendo a um chamado do ex-governador, morto em 2014.
No ar, fica um "não entrei por esses que estão aí".
André de Paula postou imagens de Eduardo nas redes sociais nesta quinta-feira (5).
Um dia antes, em entrevista à Rádio Jornal, praticamente confirmou a saída do grupo dizendo que entrou há 11 anos após um acordo entre Eduardo e Gilberto Kassab, que preside o PSD nacionalmente.
Tem método nisso. Além de estarem justificando a saída por "ausência de compromisso" e negando qualquer "traição", os saintes também vinculam a própria imagem à figura recente mais popular do PSB e que estava, em 2014, vejam só, na oposição ao PT.
O mesmo PT que "está provocando" a saída deles agora.