Independente de qual “solução” local seja dada à desistência de Luciano Bivar (UB) da disputa pela presidência e o consequente retorno à disputa para deputado federal, Miguel Coelho (UB) larga perdendo devido à instabilidade em seu próprio palanque
Desistiu
Luciano Bivar desistiu de ser candidato a presidente e resolveu disputar novamente para deputado federal. O problema é que a chapa de federal no palanque de Miguel já estava formada e as contas já estavam feitas.
Esperava-se eleger dois deputados, contando no total com algo entre 250 mil e 300 mil votos. Mendonça Filho (UB) e Fernando Filho (UB) estariam dentro.
Desistir?
Com o retorno de Bivar, esperando ser reeleito, a conta precisa ser refeita. Não terá voto pra todo mundo. E não faz sentido para qualquer dos dois candidatos, cada um com expectativa de voto acima de 100 mil, abrir mão em nome de Luciano Bivar.
A solução, logo, é aumentar a cauda. Para isso, começou uma movimentação para buscar votos de outras siglas e para trazer candidatos a deputado estadual, colocando na chapa de federal pra fazer volume.
A questão é: quem vai desistir de uma campanha com grande volume de votos para estadual apenas para fazer cauda pra Bivar na chapa de federal? Tem gente que virou a própria vida de cabeça pra baixo apostando na campanha de estadual. E, agora, vai abrir mão?
Vai mesmo?
Fora isso, toda vez que Bivar surpreende com alguma coisa do tipo, volta à cena o fantasma sobre Miguel Coelho ter a legenda para ser candidato ao governo ou não. E logo ele começa a ter que se explicar e dizer que será, sim, candidato.
Não tem nada pior para um candidato do que ficar reafirmando que “será candidato”, que “está tudo bem” e vai “dar certo”.
Se precisa explicar muito, tem algo errado.
E, no União Brasil, em Pernambuco, o tempo todo é preciso ficar reafirmando as coisas. É ruim.
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