O pleito dos prefeitos, que anunciaram uma "greve" em protesto contra a queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios, serve apenas para chamar a atenção do Governo Federal quanto à necessidade de sobrevivência das cidades brasileiras, principalmente das pequenas.
Os serviços essenciais vão continuar funcionando. Menos mal.
Poema
Basicamente, o que vai mudar com a greve anunciada é que a burocracia, já muito demorada, vai demorar um pouco mais. Uma greve dos prefeitos renderia um poema sobre como tudo que está ruim sempre pode ser pior.
Pacto pra quem?
Mas deveria servir também para rever o Pacto Federativo, para questionar a distribuição dos impostos arrecadados e como a reforma Tributária que já passou na Câmara depois de tanto esforço e discussão, por exemplo, ainda não vai conseguir resolver a situação financeira das cidades.
Responsabilidade
Ao invés de brigar para receber mais dinheiro de Fundo de Participação, poderia-se discutir um formato que obrigasse prefeitos de cidades com médio e grande porte, já que as pequenas têm pouca salvação quanto a isso, a trabalharem por arrecadação própria e pararem de viver penduradas apenas no dinheiro que cai no pires.
Cidades com 400 mil habitantes não podem entrar na mesma fila de uma Itacuruba, com seus 4 mil habitantes.
Devia ser crime
Político que inventa mil teorias para justificar a criação de novos municípios em Pernambuco, como acontece em várias regiões do estado, para depois ficar nessa penúria de ter que fazer "greve" pra receber FPM, deveria ser responsabilizado administrativamente.
Só defender criação de município já deveria ser crime.
Situação grave
Um indício da gravidade da situação dos municípios é que não apenas cidades pequenas vão parar atividades em protesto. Caruaru, por exemplo, com mais de 350 mil habitantes, confirmou que irá aderir também. O prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) está engajado na luta com os colegas da região.
JCPM
O empresário João Carlos Paes Mendonça é o grande homenageado do almoço que será realizado pelo LIDE Pernambuco, hoje, às 12h, no MV Empresarial, na Imbiribeira.
O encontro terá como objetivo parabenizar JCPM pela sua trajetória empresarial se tornando uma referência nacional. São esperados 200 líderes empresariais filiados ao LIDE Pernambuco.
Climão
O ambiente da Federação PSOL/Rede em Pernambuco não é dos melhores. E o que se fala é que tem a ver com Túlio Gadêlha (Rede).
O deputado federal estaria tentando interferir nas eleições internas do PSOL, segundo integrantes do partido.
Túlio estaria atuando para que João Arnaldo (PSOL) fosse escolhido presidente, com o compromisso de apoiar a candidatura do deputado à prefeitura do Recife.
PSOL > Rede?
A reclamação deles é que a parte que cabe ao PSOL na Federação é muito maior do que a da Rede. No Congresso, por exemplo, o PSOL tem 13 deputados e a Rede tem somente um (o próprio Túlio).
O partido de Marina Silva (Rede) ainda tinha um senador, mas Randolfe Rodrigues se desfiliou recentemente. O acordo para Pernambuco era que o PSOL lançaria candidato a prefeito do Recife e a Rede indicaria um vice.
Recorrente
Para ser candidato, Túlio terá que convencer o PSOL a abrir mão da candidatura da deputada estadual Dani Portela (PSOL) ou do vereador Ivan Moraes (PSOL), isso se não houver uma ordem de cima para apoiar algum outro nome de outro partido, como o PT ou o PSB.
É bom lembrar que Túlio já saiu do PDT brigado com a direção estadual e com a nacional, depois de ter insistido com uma candidatura à prefeitura do Recife, em 2020, que acabou rifada pelo presidente nacional Carlos Lupi (PDT).