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Cena Política

Por Igor Maciel
Cena Política

O fim da reeleição avança e deve ter alguma decisão até o fim deste ano

Confira a coluna Cena Política desta sexta-feira (6)

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Igor Maciel

Publicado em 05/10/2023 às 21:00
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado - Roque de Sá/Agência Senado

Uma reunião de líderes do Senado Federal, ontem (5), terminou em consenso para colocar em votação até o fim do ano o fim da reeleição no Brasil. A ideia, pelo que foi discutido, é que somente os que já estão eleitos tenham direito, ainda, a uma recondução ao cargo. Os que forem eleitos em 2024 ainda poderão ter o mandato estendido até 2030. Prefeitos e vereadores podem ficar nos cargos até 2030.

Cinco anos

Isso porque, além de marcar o fim da reeleição, a Proposta de Emenda à Constituição que será apresentada também deve definir uma duração de cinco anos para os novos mandatos e a concomitância das eleições brasileiras. Ao invés de o eleitor ir às urnas a cada dois anos, teríamos apenas um período eleitoral, a cada cinco anos.

Como fica

Por enquanto, a ideia é que tenhamos uma eleição municipal em 2024 e uma geral em 2026. Em 2028 não haveria nova eleição municipal e somente em 2030 aconteceria um novo pleito, para todos os cargos, desde vereador e prefeitos até presidente da República, passando por deputados estaduais, federais e governadores.

Tadeu

O secretário nacional de Segurança do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar, conversou com a Rádio Jornal e defendeu o plano de segurança que foi apresentado pelo ministro Flávio Dino (PSB) esta semana.

Alencar afirmou que as medidas vêm sendo planejadas e discutidas internamente há alguns meses e nada foi feito de improviso para dar resposta às críticas que o chefe da pasta vem recebendo.

"Curioso é que essas críticas começaram logo depois que o nome do ministro começou a ser apontado como favorito ao STF", afirmou Tadeu.

Evaporou

Ainda sobre os resultados do prefeito do Recife, João Campos (PSB), na pesquisa JC/Ipespe, é importante observar como a rejeição que havia ao PSB, que se estendia a qualquer nome do partido, simplesmente evaporou. A gestão Campos na capital é aprovada por 71% dos eleitores, segundo o levantamento.

Antipatia

Em 2022, o governador Paulo Câmara (hoje sem partido) chegou ao patamar de 67% de entrevistados, em pesquisa, afirmando que rejeitava seu governo. A "antipatia" ao PSB alcançou níveis impressionantes durante a eleição, fazendo com que a bancada federal socialista perdesse mais de 200 mil votos em Pernambuco.

Argumento

A própria eleição para o governo foi um reflexo disso. Havia cinco principais candidatos. Quatro deles tinham como argumentação principal, e necessária eleitoralmente, garantir que eram "contra o PSB". A outra candidatura era a do próprio candidato socialista, que nem foi ao segundo turno.

Sem a empáfia

Campos conseguiu se descolar do peso negativo da sigla com o trabalho realizado na prefeitura, mas principalmente pela postura bem diferente da empáfia que era praticada pelos seus colegas de partido nos últimos anos em relação à sociedade, empresários e imprensa. Ninguém nem lembra que João Campos é do PSB. Quando lembra, releva.

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