Nas últimas conversas que os responsáveis pelo projeto da Escola de Sargentos em Pernambuco têm tido sobre o equipamento, percebe-se uma certa preocupação com a prioridade que a governadora Raquel Lyra (PSDB) está dando ao tema. Projetos de desenvolvimento não podem se fechar em gestões. Os de real impacto na vida das pessoas, transcendem mandatos, sem obstáculo. É preciso saber identificá-los.
Sem drama
Não existe no horizonte, ao contrário do que se cogita, a intenção de discutir uma mudança de local, levando a instituição para outro estado agora, mas isso não é impossível. O “plano A” é Pernambuco, o “plano B” é Pernambuco, o “plano C” é Pernambuco, mas existe um alfabeto inteiro de possibilidades para os investimentos altos que o Exército pretende realizar. E paciência tem limite.
Há preço para a demora no decidir. E custa muito caro.
Muito dinheiro
A Escola de Sargentos terá impacto bilionário na Região Metropolitana do Recife. A geração de empregos decorrente é comparável à da fábrica da Jeep e do Porto de Suape, como lembrou Jamildo Melo em seu blog esta semana. A expectativa é que só a parte de construção civil, na implantação da estrutura, gere milhares de empregos diretos e indiretos.
Depois de inaugurada, cerca de 25 mil alunos virão de todo o Brasil para a Escola, fora os professores. Todos recebem remuneração federal e vão gastar o dinheiro em Pernambuco.
Entre instituições
O problema é que, no âmbito do Palácio do Campo das Princesas, não se fala na Escola de Sargentos há meses. E o cronograma do Exército para o equipamento, que deve ficar pronto dentro de 8 a 10 anos, é muito complexo, envolve grandes somas de investimento e planejamento, mas depende essencialmente das contrapartidas que foram prometidas pelo Governo de Pernambuco.
Importante lembrar que não foi um compromisso entre o general e o governador da vez, mas entre duas instituições. Não importa quem esteja no cargo.
O assunto Escola de Sargentos precisa voltar à pauta.
TCU
Em todas as informações de bastidor sobre a possível indicação de Bruno Dantas, do TCU, para o Supremo Tribunal Federal e a ida posterior do senador Humberto Costa (PT) para o Tribunal de Contas, já explicada aqui, faltou algo essencial, segundo relato de uma fonte próxima ao senador: combinar com ele.
Humberto, segundo essa fonte, não tem interesse em ir para o TCU agora. E fim da história.
Forte
A divulgação dessa notícia, que circulou forte nos corredores (e elevadores) de Brasília, recentemente, é uma tentativa de enfraquecer o senador na disputa em Pernambuco. “Como não conseguem negar que Humberto é o principal nome do PT no estado, tentam fazê-lo cair para cima”, comenta uma outra fonte da coluna, ouvida sobre a “opção TCU”.
Nem quer
Esta fonte também confirma que ele não tem interesse na indicação. “Humberto quer tentar a reeleição, e é favorito para seguir no Senado, ou até ser candidato a governador nos próximos anos. Quem espalha algo diferente disso, quer o lugar dele”, finaliza.