Tecio Teles e a proposta de fazer mais com menos custo no Recife
O formato de administração proposto pelo candidato à prefeitura do Recife é bastante parecido com o que foi implantado no governo de Minas Gerais.

Fechando a semana de entrevistas nas sabatinas da Rádio Jornal foi a vez de Tecio Teles (Novo) se apresentar. Ele disputa a Prefeitura do Recife com uma proposta liberal e vinculada ao que classifica como “direita lúcida”.
A alusão é ao bolsonarismo mais radical, representado no Recife, segundo ele, por Gilson Machado Neto (PL).
Apesar disso, Teles confirmou ter votado em Bolsonaro (PL) em 2018 e em 2022. As propostas do candidato do Novo são sempre voltadas para as liberdades individuais e para as possibilidades de Parcerias Público Privadas em diversos setores.
Menos é mais
A redução do custo da máquina pública é algo fundamental entre as propostas apresentadas pelo candidato. Ele apontou que a prefeitura está inchada, com muitos cargos comissionados e isso, sendo ele eleito, é o primeiro ponto que passaria por avaliação.
Questionado sobre como faria para manter os serviços oferecidos com o trabalho dessas pessoas hoje, explicou que as atividades realmente essenciais não seriam afetadas, já que empresas seriam convidadas a participar da gestão, de forma transparente, em parcerias bem amarradas por contratos.
Inchaço
"Imagina como não deve estar aí com 24 anos de gestão do PT e PSB. A gente tem secretário de Petrolina sendo secretário na cidade do Recife. Vamos reduzir e analisar todos os contratos administrativos. Tivemos de 2022 a 2024 uma série de leis que criaram cargos comissionados para absorver apadrinhados políticos que saíram do governo de Pernambuco, a gente tem uma prefeitura inchada e ineficiente", reclamou o candidato que tem um modelo dentro do partido em plena execução.
Zema
O formato de administração proposto pelo candidato à prefeitura do Recife é bastante parecido com o que foi implantado no governo de Minas Gerais.
Lá, no segundo maior estado do país, Romeu Zema (Novo) enxugou a máquina estadual e levou a iniciativa privada para participar da gestão. Foi reeleito no primeiro turno em 2022, mostrando boa aprovação dos métodos de governo.
Teles, no Recife, tem algo que Zema não tem: capacidade para entender o jogo da política. O governador mineiro é uma tragédia quando precisa falar em público ou articular alianças políticas.
Guarda e CTTU
O candidato à Prefeitura do Recife defendeu também o armamento para a Guarda Municipal, disse ter sido o primeiro a fazer essa defesa e que o PSB é que foi responsável por desarmar a Guarda, em 2015.
O candidato prometeu ainda modificar a CTTU e cortar secretarias, das atuais 19 para 15 pastas. São medidas ousadas numa administração complexa e cheia de desafios como a do Recife.
Encadernado
Ao longo das sabatinas, todos os candidatos receberam edições do caderno especial do Jornal do Commercio com a série "Desafios do Recife", feito especialmente para a eleição deste ano na capital.
O curioso é que ao receber a edição, Tecio Teles apresentou uma edição encadernada do especial, que ele já havia selecionado e que tem usado, segundo explicou, para auxiliar em suas propostas.
Próximos
Tecio Teles foi o quinto entrevistado da série com os candidatos à prefeitura do Recife que já ouviu João Campos (PSB), Daniel Coelho (PSD), Dani Portela (PSOL) e Gilson Machado (PL).
Na próxima segunda-feira (9) será a vez de Simone Fontana (PSTU).