Levantamento nacional do instituto Paraná Pesquisa mostra que 46,5% dos entrevistados acham acertada a
decisão do ministro Alexandre de Moraes de impedir a posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, contra 43,6%, que avaliam como errada a intromissão em assunto da exclusiva competência do Poder Executivo. Em razão da margem de erro, considera-se o resultado empate técnico. Dos entrevistados, 9,7% não quiseram opinar ou ignoram o assunto.
Após seis horas de depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Federal, foi reduzida a pó a aposta de parte do Congresso e de parte da imprensa brasileira na queda do atual governo. Em depoimento, o delegado Maurício Valeixo desmentiu o ex-ministro Sérgio Moro ao garantir que 'em nenhum momento' houve interferência ou tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação que dirigiu até abril. Valeixo contou à PF que ficou sabendo da demissão em telefonema de Bolsonaro e não pelo Diário Oficial, como diz Moro. Valeixo desfez a fantasia de que o governo inventou sua demissão 'a pedido'. Ele contou haver concordado com essa forma de exoneração.
Maurício Valeixo disse também que Bolsonaro 'nunca tratou diretamente com ele sobre troca de
superintendentes'.
Amigos de Valeixo estão preocupados: por não haver confirmado os 'crimes' de Bolsonaro, sofrerá ampla
campanha de desqualificação.
O STF tem anulado decisões de Bolsonaro quase diariamente, e a decisão de substituir o diretor da PF
resultou em rumoroso inquérito. A decisão de Moraes atende a pedido do PDT, partido de oposição que
também tenta emplacar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.267 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 4 e 6 deste mês.
Consternados com o teor do depoimento do ex-diretor da PF, canais de notícias de TV fechada não conseguiam concatenar o fato mais relevante do dia: Maurício Valeixo desmentiu o ex-chefe Sérgio Moro.
O governador Flávio Dino pregou 'moderação', em entrevista à Rádio Bandeirantes. Suas atitudes no
Maranhão e o caráter stalinista do seu partido (PCdoB) não recomendam acreditar em sua sinceridade.
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Francisco ligou ao arcebispo para tentar entender a tragédia. Enquanto o governador do epicentro hesita, o lockdown começou.
Após quase dois meses de fechamento, os shoppings somam prejuízo de R$27bilhões. Para o presidente da
Alshop, Nabil Sahyoun, a situação é grave e o setor não sobrevive 'a mais um mês de fechamento de lojas'.