Regina Duarte descobriu amargamente que política e Brasília não são para principiantes

Atriz Regina Duarte foi desligada do comando da Secretaria de Cultura nessa quarta-feira
Cláudio Humberto
Publicado em 21/05/2020 às 10:03
Regina Duarte defendeu a eleição de Bolsonaro Foto: REPRODUÇÃO


Cinemateca quebrada

A atriz Regina Duarte descobriu amargamente que política e Brasília não são para principiantes. Após meses driblando armadilhas, cascas de banana e traições, ela desistiu quando viu o presidente Jair Bolsonaro achar graça no oferecido ator Mário Frias, que se confessou interessado em assumir a Secretaria de Cultura. Ninguém merece tanto bullying. Ela sai com a consolação de uma sinecura como dirigente da quebradíssima Cinemateca Brasileira, mantida pelo governo federal em São Paulo.
A sinecura de Regina Duarte não é lá essas coisas: R$ 10,3 mil mensais, um quinto do salário que tinha Globo até assumir a Secretaria de Cultura.
A gestão da Cinemateca foi terceirizada para uma Associação Roquette Pinto (Acerp), sucessora da extinta Fundação do mesmo nome.
O ator Mário Frias, que se ofereceu para assumir a Secretaria de Cultura, quer visitar a repartição hoje. Vai encontrar o maior climão.

Alívio com saída de Teich

Passados os primeiros dias após o pedido de demissão do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, o sentimento no Palácio do Planalto é de claro alívio. A avaliação é que, apesar da sua seriedade e qualificação, Teich não conseguiu dominar de fato as atribuições de chefe do Ministério da Saúde. “Ele não estava confortável no cargo”, resumiu Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, à Rádio Bandeirantes. 

Ficha não caía

Incomodava muito o Planalto a frase mais repetida por Nelson Teich durante suas coletivas: “Estou tentando entender o que acontece”.

“Patriótica”

O general Heleno achou o pedido de demissão de Teich tinha a fazer de melhor. Ele elogiou o pedido de demissão, “honesto e patriótico”.

Demora ajuda

A demora na escolha do novo ministro favoreceu a efetivação do interino general Eduardo Pazuello. É bom gestor e, sobretudo, bate continência.

Nem aí...

Sindicalistas dizem que o congelamento de salários é “punição” e que servidores são “bode expiatório”. Estão nem aí para o País quebrado, sem dinheiro para privilégios.

Faça o que digo

João Doria criticou a cloroquina no protocolo do Mini. da Saúde: “A ciência não recomenda”. Mas David Uip, de sua equipe, curou-se usando o remédio, do protocolo do seu governo.

Baleia

Em campanha à presidência da Câmara, o Baleia Rossi (MDB-SP) tem se aproximado de colegas das bancadas de esquerda.

Frase

Não acredito que tenhamos vacina sequer em 2021” Wanderson Oliveira, secretário do Ministério da Saúde, e suas injeções de otimismo.

Entre amigos

Vai fazer um ano no mês que vem o megajantar que Paulo Marinho ofereceu a João Doria, Joice Hasselmann, Henrique Meirelles, Gustavo Bebianno, poderosos advogados de Brasília e jornalista do grupo Globo.

Não teve tempo

Fã e fiador da presença de Regina Duarte na Secretaria de Cultura, o general e ministro Luiz Eduardo Ramos (Governo) não teve tempo ontem de impedir a saída da atriz, que chegou cedo o suficiente no Alvorada.

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