Nisto a reforma de Rodrigo Maia não mexe: com 513 deputados e 81 senadores, cada um custando US$7,4 milhões (R$39 milhões) por ano, o Brasil tem o segundo parlamento mais caro do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, e chega a ser 20,5 vezes mais caro que o do Reino Unido, considerando Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns. O Congresso custa mais que parlamentos mais numerosos, segundo a organização internacional União Interparlamentar, que estuda o setor. A França tem 924 deputados e senadores, quase o dobro do Brasil, mas custa 7,4 vezes a menos em salários, mordomias, estrutura etc. A proposta cosmética do presidente da Câmara não mexe em regalias e truques criados para engordar os ganhos financeiros dos parlamentares. O Congresso brasileiro é sete vezes mais caro que o da Alemanha, que tem bem mais parlamentares: 778. E custa o quádruplo do argentino. Parlamentar por 28 anos, Bolsonaro defendia na campanha reduzir o número de deputados federais de 513 para 400. Nunca mais falou nisso.
Reforma trata só do futuro, mas já é alguma coisa. Cercada de grande expectativa, a reforma administrativa proposta pelo governo federal é considerada modesta e alheia à necessidade urgente de equilibrar despesas. Não mexe em privilégios e regalias. Assim, o Brasil, que gasta 13,7% do PIB com pagamento de pessoal, vai continuar assim até que todos os atuais servidores públicos deixem de receber inclusive os penduricalhos pornográficos pagos pelo sofrido contribuinte. Como o setor público não deu qualquer contribuição durante a pandemia, o Brasil deve gastar muito mais em 2021 para bancar seus marajás. Um dos destaques do projeto é a previsão de transferir para a reserva os militares que ocupem cargos civis de confiança por mais de dois anos. A reforma também prevê uma limitação, por lei, do número de ministérios e órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.
Após a confirmação do afastamento do governador Wilson Witzel, o lobista Alessandro Bronze desanimou na tentativa de livrar o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), do mesmo destino, em razão de acusações idênticas como a compra de respiradores superfaturados.
A sargento Bruna Borralho, da PMRJ, foi covardemente assassinada no Rio, domingo. A imprensa ignora, não houve protestos nem de entidades de mulheres, não há campanha “quem matou Bruna?”, nada. Para essa corja oportunista, é como se Bruna merecesse isso por ser policial.
O governador amazonense Wilson Lima é acusado de chefiar o esquema e suspeito até de remessa para paraíso fiscal. A investigação já levou oito para a prisão, incluindo sua ex-secretária de Saúde Simone Papaiz.
A imprensa internacional escondeu a redução de 5% nos incêndios. E o general Augusto Heleno (GSI) reiterou a Marcel D’Angelo, da BandNews, que o Brasil dispensa “opinião de estrangeiros sobre a Amazônia”.
Líder do governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) prevê tramitação sem resistência da PEC da reforma administrativa, “a não ser de sindicatos que querem manter corporações privilegiadas”. Como sempre.
O crescimento no número de novos casos do coronavírus assusta até a OMS: a Índia registrou 84,2 mil novos casos nesta quinta, mais que a soma dos novos casos nos EUA e no Brasil (38 mil cada).
"A questão ambiental é fundamental”, Ministro Tarcísio Freitas quer que projetos de infraestrutura nasçam com o ‘selo verde’.