Evento de lançamento da pré-candidatura de Bolsonaro mudou de nome para partido se defender do TSE

No governo, o TSE é sempre referido como o "principal adversário" de Bolsonaro na eleição, e não o ex-presidente e ex-corrupto Lula
Cláudio Humberto
Publicado em 25/03/2022 às 8:25
Presidente Jair Messias Bolsonaro Foto: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL


O evento deste domingo (27), que em princípio marcaria o "lançamento" da pré-candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República, mudou de denominação na última hora. Advertências da área jurídica levaram à alteração para Encontro Nacional do PL e Movimento Filia Brasil. A ideia é evitar o cancelamento sob alegação de "propaganda eleitoral fora de época", que certamente emplacaria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No governo, o TSE é sempre referido como o "principal adversário" de Bolsonaro na eleição, e não o ex-presidente e ex-corrupto Lula. Apesar da mudança de denominação, é forte a chance de lançamento da pré-candidatura, ainda que o seja oficiosa, por meio de aclamação. Também poderá ser confirmado, por aclamação, o ministro da Defesa, Braga Neto, como vice de Bolsonaro. A cúpula da campanha de Bolsonaro também nutre a expectativa de filiação do Braga Neto ao PL. General da reserva, nada o impede.

Salto deve substituir Meirelles

Com a saída de Henrique Meirelles para disputar a vaga de Goiás no Senado, o favorito para assumir a
Secretaria de Fazenda de São Paulo, no futuro governo Rodrigo Garcia, é Felipe Salto, da
Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Se não for indicação de José Serra, representará uma homenagem de Garcia ao tucano histórico, a quem Salto assessorou de 2015 a 2016 em assuntos econômicos e fiscais. A escolha de Felipe Salto representaria também um gesto ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ex-DEM, como o futuro governador. Em 2016, Salto organizou com Mansueto Almeida o livro "Finanças públicas: da contabilidade criativa ao resgate da credibilidade". Há oito anos o economista do IFI trabalhou na consultoria Tendências, do ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega.

Sopa no mel

Ex-ministros do Meio Ambiente pediram a Rodrigo Pacheco para "segurar" a proposta de exploração do subsolo de terras indígenas. Mole. Segurar projetos é a especialidade do presidente roda-presa do Senado.

Nesse ritmo...

Segundo o Datafolha, a diferença entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno, em dezembro de 2021, era
de 26 pontos percentuais (48% a 22%). Caiu para 17 pontos (43% a 26%), segundo o levantamento de ontem.

Vai entender

A senadora Simone Tebet (MDB) teve mais "tempo de TV" devido à participação na CPI da Covid, mas não conseguiu ficar à frente sequer da pré-candidata do PSTU, Vera Lúcia, no último Datafolha.

Como hienas

Na "photo-op" do G7, ontem, figuras como Joe Biden, o canadense Justin Trudeau e o alemão Olaf Scholz
posaram com largos sorrisos. De que riem esses senhores da guerra, enquanto civis ucranianos são mortos?

O passado

Lula tenta se descolar dos notórios Dilma, José Dirceu e Genoino. Jurou ontem a uma rádio mineira que
o trio não faria parte de eventual novo governo. Ele só não consegue descolar da própria imagem, no
espelho.

Explica

A presença de procuradores do MPT em "lives" de sindicatos pode explicar a reação contra a aprovação do projeto do estatuto da OAB, que barra busca e apreensão em escritórios de advocacia, sem a
OAB.

Frase

Não muda nada" - Pré-candidato a presidente Sergio Moro, sobre a aliança de Geraldo Alckmin com Lula

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claudio humberto Coluna Política eleições 2022 Jair Bolsonaro
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