Hora de voltar a trabalhar: Câmara dos Deputados volta 100% presencial a partir do dia 18

Será uma espécie de ressurreição após a Páscoa, ao contrário do Senado, onde o presidente roda-presa Rodrigo Pacheco (PSD-MG) segue enrolando e mantém o sistema híbrido presencial e virtual, que facilita condução das sessões
Cláudio Humberto
Publicado em 12/04/2022 às 8:02
Dos 59 deputados do União Brasil, 28 foram favoráveis à criação da CPMI. Doze congressistas do MDB e outros 8 do PSD também endossaram o pedido Foto: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL


O sucesso da vacinação, a queda nos casos e mortes por covid fizeram o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) decidir pela volta aos trabalhos 100% presenciais a partir do dia 18, em uma espécie de ressurreição após a Páscoa, ao contrário do Senado, onde o presidente roda-presa Rodrigo Pacheco (PSD-MG) segue enrolando e mantém o sistema híbrido presencial e virtual, que facilita condução das sessões. Apesar da volta ao trabalho presencial, o impasse sobre a distribuição de cargos após a movimentação na janela partidária persiste. Na Câmara, a decisão foi tomada na semana passada e só falta definir alguns detalhes sobre a jornada de trabalho dos servidores. No Senado, que se vê envolto em denúncia de fraude na coleta de assinaturas da CPI do MEC, a ordem é ver o que acontece na Câmara. A volta mesmo só deve ocorrer com definição de cargos e presidências das comissões temáticas. Otimistas preveem que só após os feriados.

Explicando o viagrão

A justificativa do Ministério da Defesa para a compra de 35 mil unidades de "sildenafila", a versão genérica do Viagra, medicamento que combate problemas de ereção, foi um tiro das Forças Armadas no pé do governo federal. Mesmo que tenha utilidades médicas comprovadas, como o tratamento de hipertensão pulmonar, como afirmou o ministério, gastar verba pública com remédio de conotação sexual fez a festa da oposição.

Piada

Virou piada nas redes sociais o "escândalo" do governo: foi chamado de "viagrão" e "azulão", em alusão ao mensalão e o petrolão da era PT.

Na rotina

Não é de hoje que despesas das Forças Armadas atraem atenção. Em 2021, compra de leite condensado ocupou manchetes por uma semana.

Por Brasília

A compra do viagra pelas Forças Armadas lembrou o caso da compra de lagostas e outros quitutes no STF, em 2019, por R 481 mil.

Mesa cheia

O encontro do ex-presidiário com próceres de ala do MDB, ontem, em Brasília, parece mais um convescote de políticos que, se não foram alvos da Lava Jato e acabaram presos, estiveram bem próximos disso.

Foco

Após o factoide, Alckmin estufou o peito e fez declarações em que se revelou mais preocupado em detonar a pré-candidatura presidencial de João Doria (PSDB) do que elogiar o "companheiro Lula".

Pagando tudo

Além da cotação do petróleo, a variação do dólar ainda os custos do afano nos governos do PT, a Petrobras inclui nos combustíveis gastos dos passeios internacionais.

Frase

Não sei se essa aliança é boa para o Alckmin", Ex-presidente Michel Temer, que, vice de petista, comeu
o pão que o diabo amassou

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