Campanha mais cara durou apenas 9 dias no DF

Confira os destaques da coluna
Cláudio Humberto
Publicado em 15/09/2022 às 6:00
O candidato-relâmpago ao governo do DF, Rafael Parente (PSB), declarou haver gastado R$3,2 milhões em apenas 9 dias de campanha, até desistir da disputa Foto: DIVULGAÇÃO


O candidato-relâmpago ao governo do DF, Rafael Parente (PSB), declarou haver gastado R$3,2 milhões em apenas 9 dias de campanha, até desistir da disputa. Na prestação de contas, a receita de Parente é de R$538 mil, valor bem inferior às despesas, como R$1,5 milhão para “produção de vídeos” e R$189 mil para um escritório de advocacia contratado de Gabriella Rollemberg, filha de ex-governador do partido. A advogada também recebeu R$300 mil do PSB, que tem o pai como principal candidato a deputado federal. O pai da advogada se chama Rodrigo Rollemberg, derrotado por Ibaneis Rocha (MDB), em 2018, na disputa pelo governo do DF. O ex-candidato teve o maior gasto proporcional da campanha. Ele é filho de Pedro Parente, inventor da política de preços e lucros da Petrobras. A candidatura de Rafael Parente não deixou saudades. É dele a proposta de jerico para fazer o banco BRB pagar as dívidas dos servidores do DF.

BNDES só não devolve R$90 bilhões se não quiser

O ministro Paulo Guedes (Economia) cobrou novamente o pagamento pelo BNDES ainda este ano de R$90 bilhões aportados pelo Tesouro entre 2008 e 2014 no banco, mas que não foram devolvidos. A demora no pagamento tem irritado o ministro, que acusou o corpo jurídico do BNDES de agir de forma corporativista, ainda mais diante dos lucros recordes auferidos por meio do dinheiro captado pelo Tesouro com a emissão de títulos e usado no banco para financiar o desenvolvimento. Guedes afirma que o dinheiro será usado para abater a dívida pública, voltando para a origem: o bolso de quem comprou títulos do Tesouro. Apenas nos últimos 18 meses, o BNDES teve lucro líquido de quase R$59 bilhões. A participação de lucros para funcionários irritou Guedes. O TCU determinou ontem que o BNDES siga cronograma estabelecido e criticou uso de dinheiro da dívida pública para dar benefícios a servidores

Tratamento prioritário

Candidatos do União Brasil no DF estão na pindaíba, exceto Damares Alves (Republicanos), que disputa o Senado com apoio do partido. Ela recebeu R$1 milhão e mais R$422 mil para comerciais. O presidente do UB, Manoel Arruda, o suplente, estrela vários vídeos que foram ao ar.

Calote não pode

Apesar dos R$500 milhões de verba do fundão, o partido de Lula em São Paulo (SP) acumulou dívida de R$267 mil, após deixar de pagar o aluguel desde julho de 2021. O PT acabou despejado pela Justiça.

Manda muito bem

Charles Wicz, o “Economista Sincero”, é um fenômeno no Youtube em seu canal sobre educação financeira e investimentos. É hoje um dos mais argutos e cativantes analistas da atualidade, inclusive internacional.

O pior dos cegos

Já completou 16 anos a peça eleitoral de TV onde o PFL (atual União Brasil) apontava que “Lula não viu” o mar de denúncias de corrupção contra o PT. Encerrava com um homem cego dizendo ter “muitas razões para não confiar em quem, mesmo podendo, faz questão de não ver”.

Meio a meio

Além de revelar aproximação de Lula e Bolsonaro, a pesquisa Quaest (BR-03420/2022) trouxe outra curiosidade. Perguntados se Bolsonaro faz o que pode para resolver problemas do país: sim 48% e não 48%.

Emergência fake

Como os deputados tiraram folga do trabalho para fazer campanha eleitoral, a Câmara resolveu fazer uma simulação de incêndio nesta sexta (16), com deslocamento de ambulâncias e até helicópteros.

Dilmou?

Candidato ao governo do Maranhão, Weverton (PDT) disse que “seria fácil dizer que Flávio Dino não fez nada na saúde”, mas “não é bem assim”. “A saúde pública é um problema real”, disse, sem dizer nada.

Demagogia eleitoral

A campanha de Lula pediu que o TSE atue contra a violência política, mas quando um homem com o rosto de Lula tatuado no braço matou a ex-mulher e filho de dois anos, o PT tentou por a culpa em Bolsonaro.

Pensando bem...

...se todo mundo tatuasse rosto do candidato no corpo, não precisaria mais de instituto de pesquisa.

TAGS
claudio humberto Coluna Política
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory