Em duas semanas, Lula confirmou todos os temores de quem não quer vê-lo de volta nem pintado, com seu descaso pela responsabilidade fiscal e o mercado financeiro, a rigor um bando de loucos que investem seu dinheiro no País. De quebra, ainda repetiu na COP 27 velhas mentiras de rivais do agronegócio brasileiro sobre “desmatar para plantar”. Lula já provoca calafrios na “frente ampla”, que agora percebe ter caído na lábia do “encantador de serpentes” e pode ter ajudado a afundar o Brasil. O desdém com o mercado é um tiro no pé. É exatamente para esse mercado que os títulos precisam ser vendidos para financiar o Brasil. Há quem aposta que a estratégia de Lula é incendiar indicadores como câmbio e bolsa para depois dizer que baixou o dólar e fez a bolsa subir. Henrique Meirelles, dos grandes fiadores de Lula, cravou que “tem que haver direcionamento claro pela sustentabilidade dos gastos públicos”. O presidente roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco, fez vista grossa para pedaladas jurídicas e resolveu avalizar as pedaladas de transição.
Nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, o embaixador do governo brasileiro no Cairo, Antônio Patriota, foi quem articulou o convite do Egito para o presidente Lula participar da COP 27, a conferência do clima. Conhecido na carreira como exímio bajulador de superiores hierárquicos, Patriota se esmerou na adulação a Lula, incluindo carrão com motorista e bandeira do Brasil tremulando no paralamas. O detalhe é que Patriota agiu à revelia do Itamaraty, porque seu projeto é voltar a ser chanceler. Com isso, ele conseguiu o que desejava: entrar na lista de prováveis ministros de Relações Exteriores, cargo que exerceu no governo Dilma. Não faltaram avisos para Bolsonaro colocar Patriota na geladeira, mas o presidente achou que um ex-chanceler não pode ser tratado assim. Bolsonaro foi gentil com Mauro Vieira, ex-chanceler de Dilma, o “guarda-chuva mais rápido do Itamaraty”, pela arte de proteger chefes da chuva.
Maior climão no STF depois que ministros alvo de insultos nos EUA souberam que o Consulado Geral do Brasil em Nova York, apesar do caráter privado da visita, havia alertado para o alarido com antecedência.
Em vez de falar mal do Brasil na COP 27, Lula deveria ter desafiado os países produtores de alimentos a adotarem o rigoroso Código Florestal brasileiro, que mostra as mentiras das alegações contra o agronegócio.
Dono da MRV e da CNN, Rubens Menin pediu que políticos tenham juízo nas decisões econômicas. “Todas as experiências anteriores de se gastar mais do que se arrecada tiveram final desastroso”, disse.
A deputada campeã de votos no DF Bia Kicis (PL) cobrou uma atitude da OAB contra “arbítrios” do ministro Alexandre de Moraes. “Instituição precisa reagir, os advogados estão com suas prerrogativas violadas”.
Movimento organizado de cancelamento da internet, o Sleeping Giants decidiu agora tutelar empresas sobre como “combater a desinformação e discurso de ódio”. Não seguir a cartilha divulgada já é um bom começo.
Eduardo Bolsonaro ironizou mudança de termos para falar do governo atual e Lula. Segundo ele, orçamento secreto virou “emenda de relator”, PEC fura-teto é “PEC da transição” e Corrupção virou “conflito ético”.
Depois de passar quatro anos criticando toda e qualquer decisão da Petrobras, Deyvid Bacelar, líder da Federação Única Petroleira garantiu sua vaga na transição do governo, e divulgou isso como grande feito.
Lula não aprendeu e não esqueceu nada, diz o deputado tucano Carlos Sampaio, que cita investigados por corrupção na transição, cargos para conquistar aliados e crítica à estabilidade fiscal. “Início desastroso”, diz.
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