Haddad, futuro ministro da Fazenda no governo Lula, desconhece economia, mas sabe convidar

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entende tanto de economia quanto de física nuclear, ou seja, muito próximo de nada
Cláudio Humberto
Publicado em 11/12/2022 às 6:00
Fernando Haddad Foto: EVARISTO SA / AFP


O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entende tanto de economia quanto de física nuclear, ou seja, muito próximo de nada, mas ao menos fez uma jogada política cm o objetivo de reduzir a enorme decepção gerada pela escolha do seu nome.

Ele vazou a informação de que cogita convidar para sua equipe de economistas de renome, como Bernardo Appy, que foi secretário de Política Econômica do governo do PT, e de Marco Bonomo, ex-PUC-Rio e professor do Insper.

Bom, é ortodoxo

PhD em Princeton, por onde andou Armínio Fraga, Bonomo é professor do Insper, de orientação ortodoxa, e preza pela responsabilidade fiscal.

Alerta: é heterodoxo

Appy não passou por uma escola internacional de referência, e estudou nas heterodoxas USP (graduação) e Unicamp (mestrado).

Reforma tributária

A participação Bernardo Appy pode dar força ao projeto de reforma tributária encalacrado no Congresso, de cujo desenho participou.

Somente erros novos

Já Bonomo poderá reduzir as chances antigos equívocos no futuro governo: é um estudioso dos erros de políticas econômicas passadas.

Salário no gabinete de Pacheco chega a R$50 mil

Parte do gabinete de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não tem do que reclamar, quando o assunto é salário: ganha mais que os senadores. O vencimento do presidente do Senado, por exemplo, é de R$ 33.763,00. O salário de Maria Olímpia Jimenes de Almeida, analista legislativa lotada no gabinete de Pacheco, é de R$ 49.964,73. São várias justificativas usadas como vantagens para engordar o salário da turma.

Penduricalhos

Inventam de tudo para turbinar salários: chamam de vantagens pessoais, função comissionada e abono de permanência. Tudo fora do teto.

Contracheque

A chefe de gabinete do presidente do Senado, Regina Celia Simplicio, é outra que ganha muito bem: R$41.967,37. Mais que os senadores.

Nada a reclamar

O técnico legislativo João Eduardo Correia Leal, ainda do gabinete de Pacheco, é outro que ganha mais que o chefe: R$38.584,34

Conveniência

Câmara e Senado correm para aprovar a PEC Fura-Teto, que garante muita grana para o orçamento secreto, mas não se move para votar o Orçamento do Brasil para 2023.

Multidão de Lula

Os grupos de trabalho formados pelo presidente eleito Lula devem encerrar as atividades nesta segunda (12). Lula não economizou em gente, foram 940. Todos ávidos por boquinhas no futuro governo.

Bug na Lacrolândia

Antes mesmo de anunciar os ministros, na sexta, Lula já abriu a coletiva tendo que se justificar pelos nomes escolhidos: nenhum negro, nenhuma mulher. E nenhum lgbtqia+, como foi prometido na campanha.

Parece ímã

Entre as cadeiras que os Progressistas cobiçam manter influência para embarcar no governo Lula estão o comando da Codevasf, alvo de investigação e suspeita de falcatrua, e o FNDE, igualmente enrolado.

Oportunizando o País

A desclassificação na Copa permitirá ao Brasil se livrar de Tite, treinador superado que tomou um baile das Croácia, e de suas declarações inúteis e pretensiosas, do tipo “vamos estar oportunizando os atletas”.

Reação

O discurso de Jair Bolsonaro a apoiadores animou parlamentares bolsonaristas que cobram reação do presidente. O senador Márcio Bittar (União-AC) esteve com o Bolsonaro e diz que ele vai “liderar a oposição”.

Alguma utilidade

Projeto do senador Styvenson Valentin (Pode-RN) reduz a pena de presos que doarem órgãos. Vale para quem tiver cumprido pelo menos 20% da pena e queira fazer a doação “de forma livre e voluntária”.

Rateio

Ainda não foi descartada por completo a ideia de desmembrar Justiça e Segurança Pública no próximo governo. Sinal dado foi o anúncio de Flávio Dino “para a Justiça”. Omitiram a parte da “Segurança Pública”.

Pensando bem...

...o Ministério da Fazenda nunca foi prêmio de consolação.

PODER SEM PUDOR

Candidato sofre...

Candidatos a prefeito e a vice em Caçapava (RS) em 1992, Galeno Teixeira e Ari Moreira estavam mortos de sede quando chegaram ao povoado de Capão das Galinhas. Resolveram beber umas cervejinhas bem geladas.

Entraram no único armazém do lugar e, desolados, viram apenas seis garrafas numa prateleira. “É o jeito!”, resignou-se Galeno, em voz baixa. Beberam todas.

Quando se preparavam para pagar as cervejas quentes consumidas, o homem do armazém finalmente falou: “Bueno, chê, se o doutor quiser ainda pode beber as geladas...” E abriu uma porta sob a prateleira, revelando a existência de um freezer. Cheio de cervejas estupidamente geladas.
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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