O próximo ministro do Supremo

A vaga é a de Ricardo Lewandowski, que se aposentará, aos 75 anos, em maio
Cláudio Humberto
Publicado em 17/12/2022 às 7:00
BENETIDO GONÇALVES É COTADO PARA ASSUMIR VAGA NO STF Foto: STJ/DIVULGAÇÃO


O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desponta como favorito na corrida pela próxima vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Competente e de atuação discreta, Gonçalves ganhou holofotes a partir de palavras que cochichou a Lula, na posse do presidente do TSE, recebendo como resposta um tapinha camarada na bochecha. A imagem ganhou as redes sociais, com reações indignadas de bolsonaristas.

Missão cumprida

Há dias, na diplomação, microfones captaram uma frase enigmática de Gonçalves a Alexandre de Moraes: “Missão dada, missão cumprida”.

Falta negro no STF

Gonçalves é o favorito não apenas pela lealdade e o saber jurídico: Lula, que pôs Joaquim Barbosa no STF, acha que falta um negro na Corte.

Zanin na parada

A vaga é a de Ricardo Lewandowski, que se aposentará aos 75 anos em maio, e tem candidatos fortes como o jovem advogado Cristiano Zanin.

Correndo por fora

Também batalham pela vaga Bruno Dantas, do TCU, e Pierpaolo Bottini, advogado da JBS flagrado com o então PGR Rodrigo Janot num boteco.

Pacheco segura Lei das Estatais para esvaziar Lira

O núcleo duro do futuro governo se convenceu de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, faz corpo mole para votar a mutilação da Lei das Estatais para não colocar azeitona na empadinha do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, cujo prestígio junto a Lula cresceu após a aprovação do texto com 314 votos favoráveis em apenas 40 minutos. Sem confirmar a votação no Senado, nada feito. A exemplo de dezenas de
outras iniciativas da Câmara engavetadas por Pacheco, o roda-presa.

Disputa de egos

Rodrigo Pacheco trava uma disputa de egos contra Arthur Lira, cuja liderança na Câmara é bem mais expressiva que a sua, no Senado.

Ciúmes alagoanos

Pesou também no corpo-mole de ocasião de Pacheco a pressão do clã Calheiros, enciumado com a aproximação de Lula e Arthur Lira.

Jogada salvadora

Com o adiamento, Pacheco ganha tempo para encontrar uma jogada que o fortaleça na disputa pela reeleição, como Lira conseguiu na Câmara.

Peduzzi manda bem

Em mais uma decisão corajosa e necessária, a ministra Maria Cristina Peduzzi, do Tribunal Superior Trabalho (TST), deu a resposta adequada à chantagem anual de aeronautas e comissários de bordo, ameaçando greve às vésperas do Natal. A ordem é garantir 90% do serviço.

Malas Prontas

Josué Gomes, presidente da poderosa Fiesp, se mandou do Brasil. Só volta depois do réveillon. Não quer estar por aqui na assembleia que vai descer o sarrafo em sua gestão, no próximo dia 21.

Vaca muy Muerta

Chama-se Vaca Muerta a região onde começa o gasoduto a ser bancado com R$3,7 bilhões do BNDES prometidos por Lula a Alberto Fernández, presidente da Argentina. Dinheiro que o Brasil jamais terá de volta.

Rápido no gatilho

Sobre a final da Copa do Mundo, Lula perguntou no Twitter a torcida dos brasileiros no próximo domingo. Um tuiteiro não perdoou: para você voltar para a cadeia, respondeu.

Custo x benefício

Mais de cem mandados do TSE em cinco Estados contra supostos “atos antidemocráticos” renderam apreensão pela PF de “arsenal” menor que um dia normal de armas apreendidas pela polícia do Rio de Janeiro.

Parece que foi ontem

Há 33 anos, em 17 de dezembro de 1989, o ex-governador de Alagoas
Fernando Collor de Mello se tornava o primeiro presidente eleito democraticamente no Brasil em três décadas, derrotando o petista Lula.

Coincidência, claro

No mesmo dia em que o STF decidiu adiar para 2023 a votação sobre o orçamento secreto, foi apresentada ao Senado a proposta de mudanças na Lei de Impeachment, liderada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Quase inédito

A Bolsa de Valores e o dólar reagiram positivamente à inação da Câmara dos Deputados no caso da PEC Fura-Teto de Lula, que dá um cheque em branco de quase R$170 bilhões ao governo e aos parlamentares.

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claudio humberto Coluna stf
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