Servidores experientes, que atuaram em diferentes governos, firmam a percepção de que o presidente Lula (PT) está perdido e nas mãos de um grupo raivoso de petistas, entre os quais o ministro Flávio Dino (Justiça) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, além da primeira-dama. O grupo só pensa em retaliar e seria o responsável pelo discurso cada vez mais hostil de Lula, mostrando que ele não lidera um projeto de governo, como definiu o jornalista José Roberto Guzzo, e sim um projeto de vingança.
O “gabinete do ódio”, com franco acesso a Lula, tentou fazer do ministro José Múcio (Defesa) a primeira vítima. O grupo desta vez não teve êxito.
O “pecado” de José Múcio, para os raivosos, foi exercitar seu melhor talento: encantar pessoas e buscar soluções politicamente negociadas.
Sob influência do gabinete do ódio, Lula abandonou o estilo de ampliar apoio, falando a todos os brasileiros e não apenas a seus discípulos.
No entorno de Lula já não há figuras como Dirceu, Palocci ou Gushiken, capazes de “olhar a floresta e dar bons conselhos”. O mote é a vingança.
O e-mail criado pelo Ministério da Justiça para receber delações sobre o paradeiro dos envolvidos nos atos de vandalismo em Brasília, no último dia 8, registrou mais 87 mil mensagens delatando supostos ‘terroristas’. Isso em apenas uma semana de atividade. Vale lembrar que o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino, tem a conduta questionada e é alvo de parlamentares, que o acusam de nada fazer para impedir a arruaça.
Diz o MJ que as denúncias são analisadas pela Secretaria Nacional de Acesso à Justiça e repassadas às “autoridades competentes”.
O ministério garante que os dados dos denunciantes e as informações passadas são mantidas sob total sigilo.
No Congresso, Dino tem pela frente um pedido de convocação e outro de CPI para esclarecer acusação de omissão e prevaricação.
Em países onde pessoas e leis são respeitadas, como Estados Unidos, um golpe de R$20 bilhões, como esse atribuído às Americanas, teria resultado em cadeia imediata e bloqueio de ativos dos responsáveis. No Brasil, ganham liminar que os protegem de ações dos que enganaram.
Na posse da presidente do Banco do Brasil, Lula contou que o Bradesco deu ao PT oposicionista um cartão de crédito negado pelo BB. Deveria proteger e não ameaçar o mercado, onde decisões não são partidárias.
Rogério Marinho esteve nesta segunda com a cúpula do PL para definir rumos da campanha para a presidência do Senado. É o maior adversário de Rodrigo Pacheco, candidato de Lula, que quer a recondução.
Acordado o apoio a Arthur Lira (PP-AL) para Presidência da Câmara, o governo Lula se preocupa com o comando da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, reservada ao PL de Bolsonaro.
Haddad (Fazenda) e Marina (Meio Ambiente) estão no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, mas Lula não vai. Ao contrário do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Rep), que já está lá à cata de investidores.
Para cumprir o Plano de Qualidade de Gastos Públicos, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, vai economizar R$26 milhões em combustível da frota do Executivo estadual no primeiro ano da tucana
Carlos Jordy (PL-RJ) explicou o alto valor gasto com marmitas e lanches no cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Diz o deputado que a compra foi destinada às crianças da Operação Acolhida.
A senadora Damares Alves (Rep-DF) negou vínculo com réu que tentou explodir caminhão no DF e ocupou cargo em secretaria do Ministério dos Direitos Humanos. Até ficavam em prédios distintos, diz a ex-ministra.